Carlos Carranca - neste lugar sem portas

sexta-feira, dezembro 24, 2010

História Antiga



(Miguel Torga)



Era uma vez, lá na Judeia, um rei.

Feio bicho, de resto:

Uma cara de burro sem cabresto

E duas grandes tranças.

A gente olhava, reparava e via

Que naquela figura não havia

Olhos de quem gosta de crianças.



E, na verdade, assim acontecia.

Porque um dia,

O malvado,

Só por ter o poder de quem é rei

Por não ter coração,

Sem mais nem menos,

Mandou matar quantos eram pequenos

Nas cidades e aldeias da nação.



Mas, por acaso ou milagre, aconteceu

Que, num burrinho pela areia fora,

Fugiu

Daquelas mãos de sangue um pequenito

Que o vivo sol da vida acarinhou;

E bastou

Esse palmo de sonho

Para encher este mundo de alegria;

Para crescer, ser Deus;

E meter no inferno o tal das tranças,

Só porque ele não gostava de crianças.

quinta-feira, dezembro 23, 2010

Boas Festas com poema de Fernando Pessoa


terça-feira, dezembro 21, 2010

Candidatura de Fernando Nobre



Caros companheiros da Distrital de Coimbra e coordenadores distritais de Viseu/Guarda/Castelo Branco/Leiria/Santarém


Não esquecer a inscrição (contactar quanto antes) de todos os elementos da Comissão de Honra Distrital de Coimbra, para o jantar de 10 de Janeiro na Figueira. Os familiares (pelo menos) tb. devem comparecer. Vamos fazer disto um encontro fraternal/amigo com Fernando Nobre, para além da componente política... que vai ser forte!
O amigo Carranca e o pessoal da Figueira têm aqui uma missão especial! Se os restantes coordenadores fizessem o mesmo nos seus distritos era excelente! Será possível? Era a mobilização (já) para o MEGA-COMÍCIO de 19 de Janeiro...

Fica a lista para não esquecermos ninguém:


COMISSÃO DE HONRA DISTRITAL COIMBRA


António Jorge Pedrosa, Gestor


António Manuel Miguel, Gestor

Alves André, Escultor

Alfredo Pinheiro Marques, Professor

António Toscano, Jurista

Alcina Morgado, Enfermeira

Carlos Carranca, professor do Ensino Superior, poeta

Daniel Santos, Engenheiro

Emília Martins, Directora de Orquestra

Eduardo Aroso, Professor, poeta, músico

Filomena Rocha, jurista

Francisco Simões, Artista Plástico

Filipe Reis, Administrador

Isabel Garcia, Editora

João Lopes, Professor

José Lucas dos Santos, Técnico de Comunicação e Imagem

Luiz Goes, Médico, cantor de Coimbra

Manuel António, Médico, Director Hospitalar

Maria Ernestina Cruz, Socióloga

Miguel Babo, Engenheiro Químico

Manuela Alves da Costa, Engenheira Química

João Alfredo Pinto Sá, Médico

Pedro Costa, Professor Universitário

Ricardo Miraldo Mota, Administrador Hospitalar

Rosa Batista, Dirigente Associativa

Virgílio Caseiro, Músico, Maestro



Um forte abraço para todos



Manuel Cruz

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Em memória de Carlos Pinto Coelho



São os autores e os artistas quem cria a cultura. Entre esta e o público (potencialmente) fruidor há os comunicadores. Deve entender-se por comunicadores não os que se limitam a veicular, mais ou menos acrítica e burocraticamente, as notícias de eventos culturais mas os que reflectem e problematizam a matéria a eles subjacente, tornando-a mais facilmente apreensível e apetecível pelo grande público. Carlos Pinto Coelho foi o jornalista português – não é exagero afirmá-lo – que nas últimas duas décadas melhor soube desempenhar esse nobre mister de comunicar a cultura, de maneira cativante e apelativa, mas sempre na observância de rigorosos critérios de qualidade e bom gosto, nunca transigindo com o vulgar e o medíocre (talvez aqui radiquem algumas das incompreensões e injustiças de que foi vítima). Comecei a admirar e a tirar proveito dessa sua arte comunicacional com o diário televisivo "Acontece!" (entre 1994 e 2003, na RTP-2) e, depois do incompreensível e criminoso afastamento do seu autor da televisão pública por mão de Luís Marques (a mando de Morais Sarmento, ministro do governo de Durão Barroso), com o programa radiofónico "Agora... Acontece!", que vinha realizando desde 1998 e ultimamente era difundido por mais de 80 rádios locais de Portugal e ainda por estações de Espanha, Macau e Brasil.
Atendendo às partidas que coração já lhe pregara, outros, no seu lugar, teriam deixado de trabalhar. O seu elevado sentido de serviço público e a consciência de que o país muito perderia com tal atitude, impeliram-no a continuar no activo. Por isso, maior a dívida de gratidão de todos quantos apreciavam o seu trabalho e mais sentido o seu desaparecimento. Mas como a lei da morte não é passível de revogação, há que saber honrar e cultivar a sua memória. E uma das formas de o fazer é ouvindo as edições do "Agora... Acontece!" disponíveis no arquivo on-line da
Rádio Universitária do Minho. Esse é um excelente testemunho do seu excercício, culto e inteligente, de bem entrevistar, e da atenção que sempre deu à boa música (de expressão) portuguesa e à poesia recitada, uma arte tão maltratada hoje em dia na rádio portuguesa.
Rendo-lhe a minha sentida homenagem, transcrevendo as palavras de um colega de ofício, que com ele privou, João Gobern:

«Por esta altura, já se recordou a sua biografia, já se lembraram os seus feitos: e o maior deles é mesmo ter assinado, durante quase uma década, um diário de resistência cultural numa TV habituada a franzir o sobrolho à cultura. Já sorrimos diante da memória do seu jeito pausado de dizer e de encadear frases e ideias num ritmo muito próprio. Tinha 66 anos e depois da machadada inexplicável que lhe foi dada por uns bárbaros que a História não vai recordar, mas também não chegou a condenar, parecia ter recuperado em pleno de dois enfartes. Voltara à rádio para continuar a falar de livros, de artes e ideias, sempre apoiados em pessoas para que o diálogo não acabasse e as palavras pudessem recuperar o valor real que os maus tratos lhes tinham roubado. Tinha projectos e propostas, algumas delas utópicas mas até por isso mais valiosas. Tinha agora regressado à RTP [Memória] para continuar à conversa do lado que mais falta parece fazer a uma terra que esquecendo os seus se alheia de si mesma. Depois de entrevistar o pintor Nadir Afonso, no programa de estreia, preparava-se para questionar o General Almeida Bruno, militar de Abril. E não fica mal no seu currículo a circunstância de estar a trabalhar naquilo que mais gostava quando o coração voltou a falhar, desta vez sem remédio. Jornalista, passou ao lado da advocacia, com escala pela imprensa. Foi na televisão que fez de tudo, passando inclusivamente pela direcção de programas da RTP. Mas a sua cara é a folha de rosto do "Acontece!", estupidamente interrompido por um ministro pugilista que sentenciou a necessidade de mudar quase tudo para que quase tudo ficasse na mesma.
Sem querer, houve duas memórias que emergiram. A mais velha terá uns quinze anos e junta numa sala acanhada da 5 de Outubro uma equipa de consultores do "Acontece!" – o José Rebelo, o António Carlos Carvalho, a Maria João Fernandes, o Nuno Henrique Luz e eu – a despejar sugestões, a defender as damas e os cavalheiros das nossas áreas e preferências. Ele, quase alheado. Até que de repente acaba o recreio: isto é bom, aquilo não funciona em televisão, isto vai precisar de uma abordagem especial. De repente, o programa já estava na cabeça dele e eram escassas as mudanças a partir do momento em que havia esse desenho mental. Depois, no Verão do ano passado, conseguiu numa óptima noite de tertúlia figueirense juntar-me ao meu pai [Ápio de Sottomayor] e deixar-nos horas à conversa sobre o jornalismo de hoje. Nunca tinha tido com o meu mestre de vida e de profissão um diálogo tão profundo como nessa ocasião. E percebo agora que será difícil de repetir algo de semelhante sem a ajuda e o estímulo do Carlos Pinto Coelho, que ainda por cima quando me telefonava, normalmente para me dar ralhetes, insistia em tratar-me por "meu rapaz". Eu achava graça. Agora não acho nada. Aquele abraço.» (João Gobern, in "Pano para Mangas" - "Conversa acabada.", 16.12.2010)

Seres decentes

Quando cumpria o seu segundo mandato, Ramalho Eanes viu serlhe apresentada pelo Governo uma lei especialmente congeminada contra si.

Fernando Dacosta

O texto impedia que o vencimento do Chefe do Estado fosse «acumulado
com quaisquer pensões de reforma ou de sobrevivência» públicas que
viesse a receber. Sem hesitar, o visado promulgou-o, impedindo-
se de auferir a aposentação de militar para a qual descontara durante toda a carreira.
O desconforto de tamanha injustiça levou-o, mais tarde, a entregar o caso aos tribunais que, há pouco, se pronunciaram a seu favor.
Como consequência, foram-lhe disponibilizadas as importâncias não pagas durante catorze anos, com retroactivos, num total de um milhão
e trezentos mil euros. Sem de novo hesitar, o beneficiado decidiu,
porém, prescindir do benefício, que o não era pois tratava-se do cumprimento de direitos escamoteados - e não aceitou o dinheiro.
Num país dobrado à pedincha, ao suborno, à corrupção, ao embuste, à traficância, à ganância,Ramalho Eanes ergueu-se e, altivo, desferiu uma
esplendorosa bofetada de luva branca no videirismo,
no arranjismo que o imergem, nos imergem por todos os lados.
As pessoas de bem logo o olharam empolgadas: o seu gesto era-lhes uma luz de conforto, de ânimo em altura de extrema pungência cívica, de
dolorosíssimo abandono social.
Antes dele só Natália Correia havia tido comportamento afim, quando se negou a subscrever um pedido de pensão por mérito intelectual que
a secretaria da Cultura (sob a responsabilidade de Pedro Santana Lopes) acordara, ante a difícil situação económica da escritora, atribuir-lhe. «Não,
não peço. Se o Estado português entender que a mereço», justificar-se-ia, «agradeço-a e aceito-a.
Mas pedi-la, não. Nunca!»
O silêncio caído sobre o gesto de Eanes (deveria,pelo seu simbolismo, ter aberto telejornais e primeiras páginas de periódicos) explica-se pela
nossa recalcada má consciência que não suporta,de tão hipócrita, o espelho de semelhantes comportamentos.“A política tem de ser feita respeitando uma
moral, a moral da responsabilidade e, se possível, a moral da convicção”, dirá. Torna-se indispensável “preservar alguns dos valores de outrora, das
utopias de outrora”.
Quem o conhece não se surpreende com a sua decisão, pois as questões da honra, da integridade, foram-lhe sempre inamovíveis. Por elas, solitário
e inteiro, se empenha, se joga, se acrescenta - acrescentando os outros.
“Senti a marginalização e tentei viver”, confidenciará, “fora dela. Reagi como tímido, liderando”.
O acto do antigo Presidente («cujo carácter e probidade sobrelevam a calamidade moral que por aí se tornou comum», como escreveu numa das suas notáveis crónicas Baptista-Bastos) ganha repercussões salvíficas da nossa corrompida,
pervertida ética.
Com a sua atitude, Eanes (que recusara já o bastão de Marechal) preservou um nível de dignidade decisivo para continuarmos a respeitar-nos, a acreditar-nos - condição imprescindível ao futuro dos que persistem em ser decentes.

terça-feira, dezembro 14, 2010

ELEIÇÕES PRESIDÊNCIAIS Alerta de Vasco Lourenço

Cara(o)s amiga(o)s


Gostaria de chamar a vossa atenção para o problema do voto em branco, nas eleições presidenciais.
Isto, porque para além de continuarem a correr e-mails defendendo o voto em branco, como acto de protesto, começam a correr boatos especulativos, que chegam ao ponto de pretenderem fazer crer que, nas presidenciais, se deve votar nulo em vez de em branco, pois o nulo é que conta!...
Em minha opinião, está-se a tentar explorar o facto de, nestas eleições, o voto em branco ter exactamente o mesmo valor que o voto nulo, isto é zero!
De facto, nas presidenciais, o voto em branco não é considerado validamente expresso (como pode ver em www.cne.pt/dl/legis_lepr_2005.pdf)!
Já nas eleições presidenciais de há cinco anos, teria havido uma segunda volta se o voto em branco fosse considerado validamente expresso (Cavaco Silva 2.773.431 votos; Manuel Alegre + Mário Soares + Jerónimo de Sousa + Francisco Louça + Garcia Pereira + brancos = 2.773.552 votos).
Quem não quiser votar em nenhum dos candidatos, mas quiser contribuir para uma segunda volta das eleições presidenciais, não pode votar em branco (estará a anular o voto), não pode anular o voto, pois isso terá o mesmo efeito da abstenção. Quem quiser, acima de tudo, forçar a uma segunda volta, terá de votar num dos candidatos que não se perfilarem como hipotéticos vencedores, à primeira volta.
Mesmo que não tenha muita vontade de o fazer, terá de votar num candidato, seja ele qual for, desde que não seja o que aspira a ser eleito à primeira volta...
Só assim, o seu voto poderá contribuir para que não haja 50 por cento mais um dos votos validamente expressos, na primeira volta!
Se quer contribuir, não hesite!
Divulgue esta informação e vote válido!
Cordiais saudações
Vasco Lourenço

P.S. Já contactámos a Comissão Nacional de Eleições, mas ainda não recebemos quaisquer informações, nem detectámos qualquer campanha informativa sobre o assunto.

sexta-feira, dezembro 10, 2010

MOVIMENTO ANTI-POPOTA, LEOPOLDINA E ARREDONDAMENTOS!PARA REFLECTIR...

É extraordinário como é fácil fazer grande caridade com o dinheiro dos
outros!!! Pedem-nos "apenas" dois euros e fazem-nos o favor de doar um
para a caridade. Claro que quem aparece a doar no final vários milhares são os donos dos grandes armazéns ... com o nosso dinheiro!!

Reparem no que diz o site de um desses supermercados: "Nestes últimos
três anos conseguimos angariar (...) um montante superior a um milhão
de euros, " ..... Extraordinário realmente, sobretudo se pensarmos que
esse milhão de euros foi automaticamente deduzido dos impostos desta
empresa .... como se fosse dinheiro deles e não nosso.

Se querem dar para caridade dêem directamente ... ou se eu vos pedir
vocês dão-me a mim para eu poder doar?! Então porque dão aos Modelos,
Continentes e Wortens? Eles têm obrigação e responsabilidade social a
cumprir! Exijam!

quinta-feira, dezembro 09, 2010

Nobre a sorrir na foto de campanha?

Luis Pedro Nunes (www.expresso.pt)

Um homem superior desvanece-se na miserável política portuguesa como se as regras fossem outras.

Se as eleições se disputassem com base no Facebook, Fernando Nobre era Presidente da República com um avanço de léguas. O candidato comunista nem se maçou a abrir conta (sintomático), Cavaco tem meros 15 mil facefriends, já Alegre (o tal que se andou a pavonear com um milhão de votos no bolso) fica-se nos seis mil e Nobre ultrapassa os 26 mil amigos no Facebook. Eis o que é curioso neste candidato.

Acredito que contrariando a maldição do Facebook estes 26 mil "amigos" gostem mesmo de Fernando Nobre - no sentido de lhe quererem bem. Se vão mesmo votar nele, já é outra história - como se para ser político fosse preciso ser um cadinho farsante. Nobre - sabemos todos que ele até valeria qualquer coisa num Nobel da Paz com tanta missão humanitária no bucho, mas votos presidênciais num Estado semifalhado? Isso...

Num canal de cabo passa a série "Lie to Me" em que Cal Lightman (Tim Roth) é especialista em detetar as emoções pelas microexpressões faciais e assim descobrir crime e escapadelas. Observo a foto oficial que Fernando Nobre tem na página do Facebook. Sei que é suposto estar a sorrir. Aliás, sei que está a sorrir. E, no entanto, o meu cérebro opta por o ver franzido, com um esgar quase zangado. Essa expressão transporta-me para a única vez que os nossos caminhos se cruzaram - recordo-me agora perfeita e nitidamente. E como esse encontro me marcou profundamente e mudou a vida de mais gente.

Aquela expressão entre um sorriso pouco à vontade e uma dor comprimida via-lha há 20 anos na Roménia, em Bilteni, num Camin Spital, um caixote velho de cimento onde vegetavam 126 crianças tidas como "irrecuperáveis" pelo regime criminoso de Ceaucescu - umas doentes, deficientes outras apenas roubadas a pais dissidentes e atiradas para aquele prédio gelado e macabro. Nobre foi e regressou com uma equipa médica, tolerando uns jornalistas para dar visibilidade à AMI. Eu era jornalista há poucos meses e pela mão de Nobre levei a primeira joelhada aqui onde dói - 20 anos passados ainda sei onde. Vou contar muito rápido: em cada quarto fechado estão dez camas. Em cada cama estão três crianças que defecam e urinam durante dias criando um cheiro que me faz cair as lágrimas e ter convulsões de vómito. Têm idades que vão dos 3 aos 12 anos. São sobreviventes - estão assim há anos! Replicam as doenças uns dos outros, nunca foram pegados ao colo, muitos tem as pernas soldadas em posição intrauterina e a maioria abana-se como se tivesse autismo - sendo que alguns até eram crianças saudáveis ao nascer, embora estivessem ali todas no lote de "crianças com sida de Ceausescu". Piolhos, pulgas, sarna, há de tudo. No quarto seguinte, não sei explicar como o cheiro consegue ser diferente, pior, e as crianças que olham espantadas, outras felizes que chamam, gritam - lembro-me de uma (só me lembro mesmo dessa...) que ficava a cheirar o meu pulso a desodorizante Tahiti Bambu... e encostava o nariz ao meu pulso e ficava só a cheirar, e sentia-me a metros antes de me aproximar. E lembro-me de Fernando Nobre ao longe sempre indignado - uma ONG francesa aqueceu os quartos, as doenças alastraram e as crianças começaram a morrer, outra ONG enviou um camião com bens e a população da aldeia começou a ficar revoltada porque os "anormais" tinham mais direitos que eles. Nobre falava na necessidade de gerir sensibilidades. Desde então nunca mais o vi.

O fotógrafo do "Público" atinou e casou com uma médica da AMI que ali estava em busca de sentido para a vida. Eu ganhei o Prémio Revelação de Jornalismo do Clube de Jornalistas com essa reportagem. Ingrato e imaturo gastei o prémio em esbórnia.

Nobre não vai ganhar as eleições. Ter salvo a vida a milhares de pessoas nos horrores dos quatro cantos do apocalipse não lhe dá imunidade na sarjeta da vida política portuguesa.

Vejo a sua dignidade em causa por causa de rendas e dinheiros de campanhas. Chegou a hora de deixar-me de chalaças por uma semana e dizer que ponho a minha palavra na palavra do Nobre.

E quer vote ou não nele - já somos amigos no Facebook.

Texto publicado na revista Única / EXPRESSO de 27 de Novembro de 2010

Luis Pedro Nunes é director do “Inimigo Público” (suplemento humorístico do “Público”), colunista no Expresso e membro do programa “Eixo do Mal” na Sic Notícias.


Disse: Frederico Brandao

HOMENS DA LUTA ASSUMEM ATITUDE E APOIO A NOBRE AQUI


quarta-feira, dezembro 08, 2010

Porta Férrea encerra Bodas de Prata do Costa do Estoril

O grupo de fados de Coimbra “Porta Férrea” actuou na noite de sábado, no Clube Costa do Estoril, na Alapraia, durante o jantar de aniversário dos 25 anos daquela colectividade.



Cantaram Carlos Carranca, Mário Soares da Veiga e Martins Maio, acompanhados à guitarra por Teotónio Xavier e João Reis, e à viola António Toscano Dorval Moreirinhas e Soares da Costa, para uma sala esgotada numa noite fria onde o calor da música e poesia coimbrã aqueceu os presentes.


Foi lembrado o saudoso Carlos Couceiro elemento da génese do “Porta Férrea” e que foi um dos grandes professores do fado de Coimbra.
Durante o sarau foram executadas vinte e quatro músicas, das quais vinte e uma foram cantadas, sendo interpretados temas musicais de vários autores entre os quais, Artur Paredes, João Bagão, Zéca Afonso e poemas de Luís Góis, Manuel Alegre, Zéca Afonso e Carlos Carranca.
O serão, que contou com a presença do presidente da Junta de Freguesia do Estoril, Luciano Mourão, encerrou as comemorações do aniversário do Clube Desportivo do Costa do Estoril, que também preencheram de cultura e animação os fins-de-semana de Novembro.

terça-feira, dezembro 07, 2010

Candidatura de Fernando Nobre



CANDIDATURA de FERNANDO NOBRE - NOTA INFORMATIVA - DEBATES

Calendário de debates televisivos:

14/12/10 - 3ª feira - RTP - Fernando Nobre / Francisco Lopes
17/12/10 - 6ª feira - SIC - Fernando Nobre / Cavaco Silva
22/12/10 - 4ª feira - TVI - Fernado Nobre / Manuel Alegre
27/12/10 - 2ª feira - RTP - Fernando Nobre / Defensor Moura