Carlos Carranca - neste lugar sem portas

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Luiz Goes: testemunho vivo da memória histórica da Canção de Coimbra


Carlos Carranca, Isabel de Carvalho Garcia, Luiz Goes e Jorge Cravo

As Edições MinervaCoimbra lançaram hoje (domingo) o livro “LUIZ GOES. O Neo-Modernismo na Canção de Coimbra ou o Advento da Escola Goesiana”, da autoria de Jorge Cravo.

A Livraria Minerva foi pequena para acolher todos os amigos que quiseram marcar presença no evento. Destaque, entre outros, para o ministro da Justiça, Alberto Martins, Camacho Vieira, António Arnaut, João Moura, presidente do município de Cantanhede, Mário Campos, e muitos antigos e actuais cultores da Canção de Coimbra.

À apresentação da obra pelo próprio autor, seguiu-se a leitura de poemas de Luiz Goes por Carlos Carranca e a interpretação de temas de Luiz Goes pelo grupo Capas Negras, constituído por António José Moreira, Nuno Encarnação, Eduardo Filipe e Luís Alvelos.

Intervieram ainda Isabel de Carvalho Garcia, que abriu e encerrou a sessão, e o próprio Luiz Goes que agradeceu a presença dos muitos amigos e recordou, com muito humor, episódios pontuais que o ligaram a alguns deles.

De acordo com Jorge Cravo, Luiz Goes é, a partir da segunda metade do século XX, uma figura incontornável e acima de quaisquer suspeitas quanto à importância que tem na evolução da Canção de Coimbra. Testemunho vivo da memória histórica da Canção de Coimbra, para Luiz Goes estava reservado o importante papel de renovar profundamente o discurso semântico-musical da Canção de Coimbra, criando um Novo Canto, estética e ideologicamente herdeiro da escola modernista de Edmundo de Bettencourt.

Não deixa até de ser significativo o facto de, nalgumas obras de referência de âmbito nacional, nomeadamente enciclopédias, surgirem indexados, lado a lado, José Afonso e Luiz Goes: o primeiro, como grande impulsionador da nova MPP, e o segundo, como o grande inovador da Canção de Coimbra a partir dos anos 60, acrescenta Jorge Cravo.

Para o autor, ele próprio cultor da Canção de Coimbra, já com vários discos gravados, é indubitável que, quando se fala de alguém que renovou e revolucionou o processo natural de evolução do Canto Coimbrão, sem ter provocado uma ruptura, o nome de Luiz Goes surge, de forma inquestionável, como a grande referência desse evoluir, sem sobressaltos e malabarismos, e como detentor de um grande sentido estético, emotividade quantum satis e uma profunda sensibilidade por toda a fenomenologia que envolve a música de Coimbra.

E, assegura ainda, quem alguma vez teve o privilégio de privar de perto com Luiz Goes, conclui estar na presença de um homem que revela uma clareza de ideias e uma ética que o guindam à posição de fiel depositário de um conjunto de princípios e de valores que devem nortear quem sinta a Canção de Coimbra como uma causa.

Uma das suas grandes preocupações sempre foi o saber incutir a quem o procura o conhecimento da memória histórica da Canção de Coimbra, que é urgente saber defender, preservar e difundir.






quarta-feira, dezembro 16, 2009

LUIZ GOES - O Neo-Modernismo na Canção de Coimbra ou o Advento da Escola Goesiana



As Edições MinervaCoimbra e o Autor têm o prazer de convidar para o lançamento do livro

LUIZ GOES
O Neo-Modernismo na Canção de Coimbra ou o Advento da Escola Goesiana

de Jorge Cravo

A sessão realiza-se domingo, dia 20 de Dezembro de 2009, pelas 15h30, na Livraria Minerva (rua de Macau, 52 - Bairro Norton de Matos), em Coimbra.

À leitura de poemas de Luiz Goes por José Manuel Mendes, seguir-se-á uma mostra musical de temas de Luiz Goes pelo Grupo Capas Negras.


Luiz Goes é, a partir da segunda metade do século XX, uma figura incontornável e acima de quaisquer suspeitas quanto à importância que tem na evolução da Canção de Coimbra. Ideologicamente a partir da escola modernista de Edmundo de Bettencourt, Goes encetou uma renovação na Canção de Coimbra que o guindou à posição de legítimo e único sucessor daquele poeta-cantor presencista na afirmação de uma Nova Canção de Coimbra. Ou seja, o Neo-Modernismo chega à Canção de Coimbra através da escola Goesiana.Demonstrando uma grande generosidade e disponibilidade, Goes tem revelado, nos últimos anos, um envolvimento, um amor e uma ternura por esta Canção que o permitem indexar como um Mestre, na acepção plena da palavra. Com ele se aprende todo um imaginário a preservar e a actualizar para que se não perca a Canção de Coimbra.Uma Canção que muito deve à sua profunda veia artística como autor, compositor, poeta e, fundamentalmente, cultor inimitável.

quarta-feira, dezembro 02, 2009

PABLO