Carlos Carranca - neste lugar sem portas

quarta-feira, maio 04, 2011

«Qual Ioga, qual nada! A melhor ginástica respiratória que existe é a leitura, em voz alta, dos Lusíadas».

Mário Quintana

terça-feira, maio 03, 2011

Homens dão Luta em Dusseldorf e são notícia em Londres

quarta-feira, abril 20, 2011





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quarta-feira, abril 13, 2011

O MENDIGO IMPACIENTE DO PODER

Ou uma (falsa) esperança chamada Fernando Nobre Um médico também pode ficar doente. O pior é quando surge a crónica doença do poder, podendo tornar-se cada vez mais obsessiva. No caso de Fernando Nobre, ainda mal despontavam os sintomas – nem lhe entravam ainda propriamente no corpo – já a doença lavrava em todo ele. Não havendo ainda cura para tal, não há outro remédio senão deixar morrer o micróbio no líquido ácido da sofreguidão. Desconheço se o homem Fernando Nobre tem de facto carácter, e isso pouco me importa, pois não convivo com ele, mas fiquei a saber que não tem a mínima convicção política, e que defraudou a expectativa de milhares e milhares de cidadãos portugueses. E se porventura tem alguma convicção, não foi a que agora mostrou, que não está nada de acordo com a que exibiu anteriormente. Um pretensioso general que, ao invés de cuidar dos traumatismos dos soldados – podendo aqui ser de facto general de mérito - não sabe para onde guiar as suas tropas, ou, pior do que isso, as leva para o abismo sem nada lhes dizer. Fernando Nobre revelou-se um mau educador de tanta juventude que o olhava com esperança, qual brisa fresca na construção de um novo paradigma para este ainda desajeitado século XXI, na tresloucada democracia portuguesa. O frágil lutador contra a “partidocracia” sucumbiu perante uma maleita que estaria já nele incubada, mas que muitos portugueses ainda não tinham diagnosticado. Depois subiu-lhe a febre de repente, e vieram as convulsões… O arauto falhado de um movimento de cidadania consciente e participativa, agora terá que ir para o fim da fila e, enquanto espera, ler o Leal Conselheiro ou um outro actual, talvez o Ajude-se a si próprio. Miguel Torga, na década de setenta, bem avisou, em tom algo profético, para que ao Povo nunca se jurasse o seu santo nome em vão. Não sei o que Fernando Nobre sente quando entoa aquela passagem de A Portuguesa onde se fala do «nobre povo». Seja como for, jurou em vão várias vezes, como é do conhecimento de todos. Mas, nesta jura de Judas, confirmou uma espécie de constante histórica nossa: a do aparecimento dos falsos D. Sebastião que se fazem sempre anunciar de vários modos e com soluções eficazes, ao contrário do verdadeiro, que não se sabe quando aparece nem como actuará. Beethoven suprimiu a dedicatória a Napoleão, na sua 3ª sinfonia, quando percebeu as intenções deste último. Em minha humílima mas sincera atitude, não poderei anular os dois textos laudatórios que escrevi sobre Fernando Nobre. Reconheço o meu engano. Mas os deuses, provavelmente antevendo mais uma trágico-comédia portuguesa, fazem-me agora ver que, no fundo, as palavras eram de louvor à esperança, representadas por um infeliz actor que já abandonou a cena. A esperança jamais morrerá, ao contrário deste episódio efémero que, contudo, veio chamar a atenção para o risco de haver cada vez menos portugueses para gerar esperança. No dia 10 de Abril morreu definitivamente para muitos o círculo dos Vencidos da Política, (entenda-se a da “partidocracia”), mas haverá ainda os «Não Vencidos da Cidadania», os «Não Vencidos do Pensar». A despeito da mesquinhez a que tem sido sujeito, dentro e fora do país, o ideal português não morreu de todo, perante um punhado de sinistros Velhos do Restelo de melosos discursos de ousadia, que afinal são de negação de si mesmos e da pátria, da qual falam sem autoridade moral e cultural, embora legitimamente representando o país que os vai elegendo. Falei em bússola num dos meus textos anteriores. A bússola de Fernando Nobre tem outros pontos cardeais. Não são os meus nem os de milhares de portugueses, humilhados na sua dignidade, nesta terra de injustiça e de desalento, onde muitos abandonam o chão onde vivem para rumar a outro chão, na esperança de não ser tão pequeno e sem tanta estreiteza mental e cultural. O candidato é mesmo impaciente. Não podia esperar pelas ainda longínquas eleições presidenciais. Ainda bem que tudo se clarificou para as legislativas. Perante a sua impaciência sejamos nós pacientes para, serenamente, assistirmos à representação do mito de Ícaro. Esperemos que se cumpra, obviamente sem estragos materiais.


10 de Abril de 2011

Eduardo Aroso

terça-feira, abril 12, 2011

Mon AMI Passos Coelho


Fernando Nobre encabeça lista do PSD por Lisboa e é candidato a presidente da Assembleia da Republica.


Lembram-se do discurso nobre do Fernando quando foi candidato a Presidente de Republica?


Lembram-se do grande movimento de cidadania, do discurso contra os partidos e pela transparência na vida politica, contra o compadrio, o negócios de lugares e agora aceita o segundo lugar nas presidenciais, que não obteve, para aceder ao cargo de segunda figura da Republica. Ele há gente por aí.

PSD arremata Fernando Nobre


12 / 4 / 11 JN on line


Manuel António Pina


Fui dos que receberam com alguma expectativa a notícia da candidatura de Fernando Nobre, que apenas conhecia da AMI, à Presidência da República. Aparentemente tratava-se de alguém exterior ao regime, sem carreira partidária e talvez sem os compromissos sobre que se constroem as carreiras nos partidos. As informações que davam Nobre como uma mera marioneta de Soares contra Alegre, deixaram-me de pé atrás, até porque o próprio viria a confirmar os encontros com Soares. Mas o seu discurso de apresentação tirou-me todas as dúvidas. Não existia ali algo minimamente parecido com uma ideia, só um arrazoado de "slogans" em volta da questão da "cidadania" e a tentativa grosseira de capitalizar o descontentamento geral com os partidos reclamando-se, frase sim frase não, "apartidário" e contra o "sufoco partidário". Testemunhos sobre o seu passado em Bruxelas e as suas anteriores posições políticas fizeram-me finalmente concluir que estávamos diante de um desses demagogos e oportunistas em que os tempos de crise são férteis. Há cerca de 15 dias Nobre mantinha ainda o discurso antipartidos, garantindo que nunca integraria uma lista partidária. A fazer fé no seu ex-director de campanha, estaria já na altura a leiloar-se entre PS, CDS/PP e PSD. Pelos vistos foi o PSD quem deu mais. Arrematou o candidato dos "valores" e dos "princípios" com a promessa da presidência da AR. E Nobre fez o negócio da sua vida.

domingo, abril 10, 2011

Comunicado de Imprensa


A decisão do Sr. Dr. Fernando Nobre de se candidatar a deputado nas listas do PSD nas próximas eleições legislativas, hoje conhecida, apanhou de surpresa quem, como os signatários ( e seguramente muitos milhares de de outras pessoas) se empenharam na sua candidatura à Presidência da República.

Não era para nós concebível que, menos de 3 meses volvidos sobre as eleições Presidenciais, o Dr. Fernando Nobre pudesse estar interessado em candidatar-se a qualquer outro cargo político, e muito menos que resolvesse envolver-se numa luta partidária, independentemente das piedosas “justificações” que invoca para o fazer.

A sua inclusão nas listas do PSD – ou, aliás, nas de qualquer outro Partido do “arco do Governo” – contradiz tudo aquilo em que baseou a sua candidatura a Presidente da República, ou seja, de que representava uma candidatura da Cidadania, independente dos Partidos e principalmente da sua prática, e de que pretendia ser “a voz dos que se desiludiram com a política, dos que acreditaram que a política não se esgota na coutada privada de alguns”.

Ao optar por se integrar nas listas de um Partido Político, e de o tentar “justificar” da forma como o fez, acaba por deitar por terra tudo o que conseguiu ao longo dcampanha, traindo todos os compromissos que assumiu com os milhares de pessoas que nele confiaram e que, perante esta nova postura, se sentem enganados e instrumentalizados.

Por tudo isso, como ex-Mandatário Distrital e ex-Coordenador Distrital de Viseu da candidatura Presidencial do Dr. Fernando Nobre, vimos publicamente demarcarmo-nos da posição por ele agora assumida, e lamentar o entusiasmo, o empenhamento e a esperança que naquela candidatura pusemos.


Viseu, 10 de Abril de 2011.

António Ribeiro de Carvalho (ex- Mandatário Distrital de Viseu)

Luis Branquinho (ex- Coordenador Distrital de Viseu)

sábado, março 26, 2011

A vergonha continua

Ainda o governo não foi demitido e já o Passos Coelho foi ao beija mão da Frau Merkel e anuncia e defende aquilo que ainda ontem criticava; o aumento de impostos, com o IVA a poder subir para 24 ou 25 por cento. Só falta saber se, mal seja governo, (se o chegar a ser), vão chamar às suas medidas de austeridade PEC 5 ou PEC 1 DS (depois de Sócrates). Mudam-se as moscas, mas não se muda o que cheira mal.