Carlos Carranca - neste lugar sem portas

sábado, fevereiro 27, 2010

Tragédia na Madeira: Um desastre já anunciado há dois anos

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Carlos Carranca visto pelo amigo H. Mourato

terça-feira, fevereiro 23, 2010

MARAVILHAS DO CAPITALISMO

Investidores estado-unidenses conceberam um novo tipo de aplicação financeira. Trata-se de detectar pessoas com doenças terminais, com uma esperança de vida de curto prazo, e propor-lhes que façam um seguro de vida em que eles (os investidores) são os beneficiários. Em contra-partida o doente terminal recebe uma quantia de US$2.000.
O advogado promotor da ideia pretende com isso fazer apostas sem risco no mercado de acções e fez publicar no Rhode Island Catholic, jornal da diocese local, anúncios a propor o negócio. A notícia está no
Wall Street Journal .

domingo, fevereiro 21, 2010


quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Maria Suzete Bila, a pluralidade singular







Realizou-se a 7 de Fevereiro de 2010, pelas 17.00, no auditório do Museu de Conimbriga, uma Serenata de Coimbra, com a presença do Grupo de Canto e Guitarras de Coimbra “Porta Férrea”. À hora referida, a sala do auditório encheu-se e a sessão foi aberta após palavras de boas vindas, do Director do Museu, o Dr. Miguel Pessoa. Agradecendo a presença dos elementos do Grupo “Porta Férrea”, e do público presente, não deixou de mencionar o apoio da Câmara Municipal de Condeixa, que disponibilizou um autocarro, para a deslocação do Grupo e dos seus acompanhantes.

Após as palavras iniciais, os instrumentistas do Grupo Porta Férrea, apoiados pelo amigo, compositor, e guitarrista de Coimbra, Dr. Álvaro Aroso, iniciaram a sua actuação com a composição “Balada de Coimbra”, com música de José das Neves Elyseu, e arranjos, de mestre Artur Paredes.
Os professores José Henrique Dias, e Carlos Carranca, mantiveram um diálogo interactivo e explicativo, com os presentes sobre os temas tocados e cantados, ao qual acrescentaram as suas próprias interpretações, no canto e na poesia. Estavam todos, num fim de tarde de profunda inspiração e a assistência não regateava palmas.
Após palavras de agradecimento, em nome do Grupo, proferidas por José Henrique Dias, coube a Carlos Carranca, fazer a apresentação dos instrumentistas. Assim e de acordo com a posição no palco, da esquerda para a direita, estiveram, Soares da Costa (v), António Toscano (v), Teotónio Xavier (g), Álvaro Aroso (g) e Durval Moreirinhas (v).
Os cantores, iam sendo apresentados à medida das suas actuações.

Carlos Carranca apresenta o primeiro cantor. João Maio que canta “Menina e Moça (Coimbra menina e moça)” com música de Fausto Frazão e letra da primeira quadra, da autoria de Américo Pinto, sendo a 2ª quadra popular. Seguidamente João Caldas, cantou o “Fado Corrido de Coimbra”, com música de autor desconhecido e letra com quadras populares.

José Henrique Dias, proferiu então algumas palavras sobre as origens da Canção de Coimbra, a sua valorização e afirmação junto dos estudantes da Universidade de Coimbra, sem esquecer a sua característica popular. Abordou em particular, o período da chamada Canção de Intervenção, que atingiu o seu período de máxima actualidade, no tempo da luta contra a ditadura, sendo arautos desse tempo, entre outros, José Afonso e Adriano Correia de Oliveira. Recordando a morte do pintor José Dias Coelho, ás mãos dos esbirros da polícia política, da altura, Carlos Carranca cantou “A morte saiu á rua (A morte saiu à rua num dia assim)” com letra e música de José Afonso. O acompanhamento coube a Durval Moreirinhas, que como muito bem realçou Carlos Carranca, foi o último violista de Coimbra, a acompanhar José Afonso.

O Conselheiro Alcindo Costa, cantou em seguida “Canção das Lágrimas (Lágrimas que a gente chora)”, com música de Armando Goes e letra, atribuída, também, a Armando Goes.
Carlos Carranca, intervem, recordando que Luiz Goes só não está ali, por razões ligadas, à frágil saúde do seu sogro, e refere que este escreveu uma carta ao Dr. Miguel Pessoa expressando esse seu desgosto. O Dr. Miguel Pessoa, é convidado a ler essa carta, ao que acede, bastante sensibilizado, com o momento, que não estava previsto no programa. Carlos Carranca recorda de seguida como Luiz Goes era amigo e admirava a figura do Prof. Vergílo Correia, cuja memória paira sobre Conímbriga, como sendo a grande figura impulsionadora de todo este projecto arqueológico e histórico, de dimensão invulgar.
A actuação segue, com a recordação do compositor e guitarrista, João Bagão, ouvindo-se a composição de sua autoria, “ LA menor”, tendo como solista, Álvaro Aroso, num desempenho irrepreensível, a que o auditório respondeu com muitas palmas.

José Henrique Dias, que com Carlos Carranca formou uma dupla interventiva de antologia, que numa poética criteriosa e simples, explicavam, cantavam, interpretavam, divulgando a Canção e a Música de Coimbra. Quase que não há palavras, para descrever os momentos tão agradáveis, que foram proporcionados a todos os presentes.
O Grupo “Porta Férrea”, com interpretações que deliciavam a assistência, mantinha a qualidade dessa tarde de inspiração, a um nível de desempenho invulgar. As palmas ecoavam no auditório, e o silêncio demorava em afirmar-se, para a continuação do espectáculo.

Segue-se um poema do cabo-verdiano Daniel Filipe, musicado por Manuel Freire, inserido na “A Invenção do Amor e outros poemas (Pelo silêncio na planície)” dito e cantado, de forma quase que sublime, pelo Prof. José Henrique Dias.

Um pouco mais á frente, anuncia-se a presença de uma lenda viva de Coimbra, na pessoa do Dr. Augusto Camacho Vieira, que tem de aguardar para cantar, até que as palmas que se fizeram ouvir, quando se anunciou o seu nome, permitissem a continuação do canto e da música. Cantou com letra sua e arranjo musical de Alexandre Bateiras “ Balada da Figueira (Lá vai a barquinha ao longe)”.
Segue-se Carlos Carranca, e a récita da poesia “A mulata”, de Armando Rodrigues, que retrata com particularidades satíricas, a presença da corte e de D. João VI, no Brasil, e na sua chegada a Paquetá.

Ouviu-se então, um instrumental, a “Canção da Bencanta”, música de José Elyseu. tendo Teotónio Xavier, como solista, esta grande referência, este discípulo de mestre Artur Paredes, numa interpretação feliz, ao melhor estilo do mestre, com uma qualidade interpretativa soberba, magnífica.

José Henrique Dias, aproveita um momento de ligeira pausa, para se dirigir à Presidente da Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra, em Lisboa, a Dra. Fátima Lencastre, agradecendo em nome de todo o Grupo, a sua presença e o seu insubstituível apoio, sublinhando a sua dinâmica, empenhamento, entrega e trabalho, na direcção da Associação. Um forte aplauso de todos, mostrou a concordância geral, para esta intervenção tão justa e oportuna.

João Caldas, canta “Samaritana (Dos amor’s do Redentor)”, com letra e música de Álvaro Cabral, e a seguir, Carlos Carranca, canta o seu poema “Fátria (Onde o lugar)”, a partir de uma composição de António Toscano.
Evocando Luiz Goes, Carlos Carranca e José Dias cantam a “Balada da Distância (Partir, partir …)”, com letra e música de Luiz Goes. Depois Carlos Carranca declama o poema de Manuel Alegre, “As mãos (Com as mãos se faz a paz se faz a guerra)”, recebendo palmas e mais palmas. O auditório não escondia o carinho muito especial, pela pessoa de Carlos Carranca. Diga-se de passagem que o espectáculo fora adiado, para que fosse possível contar com este homem, alma nobre e sensível, de dimensão invulgar, que constitui já hoje uma grande referência, no panorama cultural nacional.

A sessão continua com Alcindo Costa, a cantar “Balada para um amor ausente (Meu amor disse que eu tinha)” com letra de Manuel Alegre e música de António Portugal, seguido de José Henrique Dias cantando “Canção com Lágrimas (Eu canto para ti um mês de giestas)” com letra de Manuel Alegre e música de Adriano Correia de Oliveira.
O final aproxima-se, com Carlos Carranca, recitando “Liberdade (- Liberdade, que estais no céu …)” de Miguel Torga.
Depois o Dr. Camacho Vieira canta “Velas do Mondego (Coimbra só te não ama)”, com letra de Luiz Goes e música de António Toscano.
A pedido, Carlos Carranca recita ainda, a “Ode ao futebol (Rectângulo verde, meio de sombra meio de sol)”, de Tossan. Canta em seguida, “Canção para quem sonha (Tu que tens dez reis de esperança e de amor)” um poema de Leonel Neves, musicado por Luiz Goes. O auditório acompanha o canto, com um entusiasmo verdadeiramente indescritível.

E chegados ao fim deste espectáculo memorável, as palavras finais de José Henrique Dias, agradecendo a todos, vão deixando de se ouvir, diluídas no delírio de palmas, que ecoavam vibrantemente. A seguir, ouve-se na sala, um fortíssimo FRA, incorporado do espírito académico mais sentido, que ficando a ecoar no coração dos presentes.

Abraços e mais abraços, num academismo solidário e fraterno, são dignos de uma viagem no tempo, da Conímbriga de ontem, à Coimbra de hoje. Um hino de amor a Coimbra, ao Mondego, às suas gentes, aos estudantes e à sua Universidade. Ao seu Canto e à sua Música.

Bem Hajam

Manuel Marques Inácio

16.02.2010
(Enviado por Rui Lopes)

terça-feira, fevereiro 16, 2010


UMA PAISAGEM CONQUISTA-SE COM AS SOLAS DOS SAPATOS, NÂO COM AS RODAS DE UM AUTOMÓVEL.

William Faulkner (1897-1962)

sábado, fevereiro 13, 2010

A DESGRAÇA DE PORTUGAL

Sócrates visto por Clara Ferreira Alves, Revista Única,13 de Fevereiro

" Um primeiro-ministro que se preocupa com gente desta e ordena o silenciamento de gente desta com meios destes não pode, não deve ser primeiro-ministro.(...) Se o PS se tornou nisto,nesta promoção de nítidos nulos,neste nó de corrupção da inteligência e da vontade, então o PS vai ser assassinado por isto. Como está a acontecer. Se o PS não se demarcar disto, morre com isto."

Narciso Miranda no Público de 12 de Fevereiro:

"É que o PS e o Governo vivem à custa do vazio que existe na oposição."

Carlos Fiolhais, professor catedrático da Universidade de Coimbra :

"Chegou ao cúmulo de apresentar uma queixa crime contra João Miguel Tavares, jornalista do Diário de Notícias,só por ele ter escrito, num tom humorístico: ' Ver José Socrates apelar à moral na política é tão convincente quanto a defesa da monogamia por parte da Ciccolina', também no Público de 12 de Fevereiro.

DE QUE ESTAMOS À ESPERA ?

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Jascha Heifetz toca Paganini Caprice No. 24

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Edgar Morin e os sete saberes necessários à educação do futuro

sábado, fevereiro 06, 2010

Rui Pato em viola dedilhada






Rui Pato, ainda jovem, numa altura em que a viola dedilhada era ainda pouco conhecida por estas terras provincianas. Foi praticamente um autodidacta deste instrumento.