Carlos Carranca - neste lugar sem portas

segunda-feira, setembro 27, 2010

CIDADANIA E ESPERANÇA: FERNANDO NOBRE, «CAVACO PÕE A "RESPONSABILIDADE" À FRENTE DAS CONVICÇÕES…»


Venho pela «insubstituível esperança, eu sou o candidato de todos os portugueses», com a minha «organização de vida, convicções e até talvez com os meus defeitos, mas à vossa frente está um homem de convicções».
«Tenho um pacto com todos os portugueses incomodados com o futuro e o dos seus filhos, com o estado a que chegou esta nação».
«Nunca fui contra os partidos políticos, mas estes precisam de se repensar»!
«Cavaco Silva diz que põe a responsabilidade à frente das convicções. Mas eu acredito nas convicções e não me custa morrer por elas». «Não há paixão, coerência e democracia sem convicções e sem princípios, a responsabilidade só vem depois», e não necessariamente «moldada às conveniências de cada momento». «Não sou capaz de fazer o que for preciso para ter mais votos».
Henrique Pinto
Setembro 2010
FOTOS: o Professor Carlos Carranca, de Coimbra, intervindo de modo vibrante, na Convenção da Cidadania e da Esperança; a intervenção forte de Fernando Nobre

CIDADANIA E ESPERANÇA: FERNANDO NOBRE E OS «POLÍTICOS DE PLÁSTICO»


«Os políticos profissionais parecem feitos de plástico». Não tenho «partidos atrás de mim, tenho um país à minha frente que merece melhor». Tenho milhares de pessoas, cidadãos livres como eu, que darão luz a este projecto para um Portugal melhor». Mergulham-nos diariamente na frieza cruenta das estatísticas para ofuscar ou enaltecer fenómenos económicos eventualmente significativos. «Estatísticas significam pessoas», responde com emoção. «Estabilidade política e credibilidade do Estado» são imperativos» incontornáveis. «Mas nada é mais prioritário que ajudar um trabalhador a voltar à vida activa»! Porque não humanizamos os nossos Centros de Emprego»?
«Um Estado que não é capaz de se governar não é capaz de governar os seus cidadãos». O presidente da república não governa. «Mas é quem deve aconselhar, concertar, ser o galvanizador»! «Um ano depois das eleições legislativas estamos em campanha eleitoral permanente. Trabalha-se mais para as televisões que para os portugueses».
Henrique Pinto

Setembro 2010
FOTO: Edmundo Pedro, decano da Comissão Política do PS, apoiante indefectível de Fernando Nobre.

quarta-feira, setembro 22, 2010

Ciganos - Sete imagens para um poema















































terça-feira, setembro 21, 2010


Longos terão sido os serões na Ilha

Texto lido na sessão de Homenagem a Eduino de Jesus, no Penedo da Saudade a 18.IX.2010

Longos terão sido os serões da Ilha. E porquê?

Porque ficaram fundo, silenciosos, impressivos, nas palavras de Eduino. Amarram-nos a um Cais de saudade. As palavras tiranizam-nos a um destino onde acenam lenços brancos, silenciosos, de mãos ausentes: Adeuses ao “único passageiro do navio”, “cansado/ da vida / e agarrado / à vida / como um menino abraçado / a um brinquedo partido”.
E a bruma descendo sobre as pessoas e as coisas, os lugares; o gesto sonolento do seu braço dizendo adeus.
Ao outro lado da vida, ao outro lado do imaginário, chegará o poeta franzino, o das noites longas de S. Miguel.
Poeta da ínsula dos fantasmas, não traz uma doutrina nos versos que escreve, há nele um sem abrigo, um marginal sem margens, um poeta da remota fundação de Portugal.
Aportou no Choupalinho e dali, sem que alguém o tivesse notado, ergueu o braço onde há pouco repousava o brinquedo partido e, virado para Santa Clara-a-Velha, exclamou:
“Isabel, trago-te estas rosas”
E desde aí, não se cansou de ser o “aventureiro astral”, “sem medo de chegar tarde / ao destino”.
Longos terão sido os serões do continente. Lorvão e o inverno chuvoso de Coimbra na margem direita desse rio de salgueiros.
Havia os campos do Mondego onde, também, era visível o invisível. Deixara para trás a Ilha. Ganhara, agora, o quotidiano remanso de uma Coimbra saudosa de si mesma e fustigada pelos ventos benfazejos das ideias novas.
Mas o menino perdera o brinquedo. As rosas, essas, havia-as ofertado a quem lhes pertencia por direito. O brinquedo, quem o teria achado? Que fazer? “Deixar tudo / e seguir no rasto / de um sonho”.
E se assim o disse, melhor o fez:
Por isso, aqui estamos nós a olhar na pedra saudosa deste Penedo de Coimbra, uma réstia do sonho de quem não traiu nem se traiu, cumprindo o seu destino luminoso de bruma.

Monte Estoril 5-IX-2010
Carlos Carranca

segunda-feira, setembro 13, 2010

Poema erótico de Drummond de Andrade



Satânico é meu pensamento a teu respeito, e ardente é o meu desejo
de apertar-te em minha mão, numa sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem.

A noite era quente e calma e eu estava em minha cama, quando, sorrateiramente, te aproximaste.
Encostaste o teu corpo sem roupa no meu corpo nu, sem o mínimo pudor!
Percebendo minha aparente indiferença, aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos.
Até nos mais íntimos lugares. Eu adormeci.

Hoje quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão.
Deixaste no meu corpo e no lençol provas irrefutáveis do que entre nós ocorreu durante a noite.

Esta noite recolho-me mais cedo, para na mesma cama te esperar.
Quando chegares, quero te agarrar com avidez e força.
Quero te apertar com todas as forças de minhas mãos.
Só descansarei quando vir sair o sangue quente do teu corpo.

Só assim, livrar-me-ei de ti, mosquito Filho da Puta!

domingo, setembro 12, 2010

Coimbra, o Canto, a Guitarra e a Poesia


Carlos Carranca iniciou em Coimbra, a gravação de uma série de programas televisivos, sob o tema "Poesia para todos". Começou no Penedo da Saudade e terminou este primeiro programa no restaurante "A Democrática", onde esta foto foi tirada pelo Hugo Aroso, filho de Álvaro Aroso.
Podem ver-se mais fotos na Democrática, aqui.

sexta-feira, setembro 10, 2010

Carlos Carranca inicia hoje as filmagens do primeiro programa televisivo, com a temática "Poesia para todos". Diário de Coimbra de hoje.



Tirado daqui

domingo, setembro 05, 2010

Guitarra Lusitana de Carlos Carranca



Acompanhado à guitarra por Jorge Tuna e à viola por Durval Moreirinhas

quinta-feira, setembro 02, 2010


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