Carlos Carranca - neste lugar sem portas
quarta-feira, julho 29, 2009
sábado, julho 25, 2009
sexta-feira, julho 17, 2009
PARE E LEIA, POR FAVOR
"A sociedade dos computadores e do televisivo, a Globalização do opinativo e da ilusão virtual é, afirmamo-lo categoricamente, uma sociedade que , no futuro próximo, se confrontará com a barbárie mais selvática dos últimos tempos: Todos terão, em algum momento,passado pela televisão, todos terão os telemóveis de última geração,mas ninguém(muitos poucos)compreenderá que os bárbaros que cheram não são já os de Kavafis: esses eram diferentes,traziam a novidade. Os novos bárbaros,como no teledisco de "Bad" são todos iguais,seguem todos o mesmo ritmo,dançam a mesma coreografia e têm todos a mesma cara, a mesma pose de estrelas. Não interessa se sabem comunicar, se a linguagem e o saber estar nas relações humanas lhes é familiar: criadas as condições para que os futuros adultos não o sejam jamais, desde os bancos da escola às reuniões nas empresasa do futuro, o que veremos é o infantilismo personalizado. Num mundo que assume o virtual como verdadeiro, a falsificação do humano nas relações sociais,num mundo que regrediu até à proto- linguagem,é Peter Pan quem vence neste «Neverland» fingidamente progressista.Saídas para o actual estado de coisas? Nunca a Europa ou o mundo Ocidental enfrentou o estertor da morte e da cultura como no nosso tempo.
ANTÓNIO CARLOS CORTEZ , JL, 15-28 julho 2009
"A sociedade dos computadores e do televisivo, a Globalização do opinativo e da ilusão virtual é, afirmamo-lo categoricamente, uma sociedade que , no futuro próximo, se confrontará com a barbárie mais selvática dos últimos tempos: Todos terão, em algum momento,passado pela televisão, todos terão os telemóveis de última geração,mas ninguém(muitos poucos)compreenderá que os bárbaros que cheram não são já os de Kavafis: esses eram diferentes,traziam a novidade. Os novos bárbaros,como no teledisco de "Bad" são todos iguais,seguem todos o mesmo ritmo,dançam a mesma coreografia e têm todos a mesma cara, a mesma pose de estrelas. Não interessa se sabem comunicar, se a linguagem e o saber estar nas relações humanas lhes é familiar: criadas as condições para que os futuros adultos não o sejam jamais, desde os bancos da escola às reuniões nas empresasa do futuro, o que veremos é o infantilismo personalizado. Num mundo que assume o virtual como verdadeiro, a falsificação do humano nas relações sociais,num mundo que regrediu até à proto- linguagem,é Peter Pan quem vence neste «Neverland» fingidamente progressista.Saídas para o actual estado de coisas? Nunca a Europa ou o mundo Ocidental enfrentou o estertor da morte e da cultura como no nosso tempo.
ANTÓNIO CARLOS CORTEZ , JL, 15-28 julho 2009
Nunca a Europa ou o mundo Ocidental enfrentou o estertor da morte da cultura como no nosso tempo. A guerra ou os fascismos, foram essas as saídas para os momentos de crise.Julgo,ainda assim, que só um regresso sincero das democracias à educação centrada no livro, e não na computadorização das relações humanas, poderá humanizar este mundo novo.
António Carlos Cortez, JL(15-28 julho 2009)
segunda-feira, julho 13, 2009
domingo, julho 12, 2009
AS NOSSAS ESQUERDAS PARECEM TER COMO DESIGNIO PRINCIPAL EXCLUÌREM-SE UMAS ÀS OUTRAS(...) PELO MENOSA DIREITA SABE O QUE QUER:QUER PODER. E NÃO TEM OS PRURIDOS DA ESQUERDA, UNEM-SE PARA O CONQUISTAR.
Manuel Alegre, Público11.VII.2009
Manuel Alegre, Público11.VII.2009
"Continua a alimentar-se a escola centralizadora.O cansaço, a desilusão,e a desistência de tantos professores são evidentes? Reforça-se a autoridade e o despotismo. A mediocridade da formação cultural e técnica mantém-se? Inventam-se novas oportunidades para que seja cada vez mais fácil.É caso para dizer: não se aprende nada".
ANTÓNIO BARRETO,Público,12.VII.2009
ANTÓNIO BARRETO,Público,12.VII.2009
quinta-feira, julho 09, 2009
quarta-feira, julho 08, 2009
"A direita portuguesa é totalmente subserviente em relação ao poder político, completamente inculto (...) A direita portuguesa não preza a liberdade. Pode perguntar-se: e a esquerda preza?"
Maria Filomena Mónica, i 7.VII.2009
" O poder tem de confiar nos professores e entregar-lhes a responsabilidade efectiva de gestão das suas escolas(...) Devolver aos professores espaço e tempo para reflexão sobre a prática profissional e autoformação e promover o debate sobre conceitos educacionais não suficientemente aprendidos pela sociedade".
Santana Castilho, Público,8.VII.2009
FIGURA SINGULAR DA IGREJA

Relembro o apelo de Abbé Pierre(assim ficou conhecido na Resistência durante a II Guerra Mundial), no Inverno de 1954, a uma "insurreição de bondade".
Esteve em Portugal em 1995 e em 2005 e sobre eles escreveram os jornais de então: "Que faz correr este homem de barba branca e batina preta? Certamente que é a convicção evangelica de que a terra é para as pessoas e que, se houver justiça, ela chega para todos. Não faz sentido haver casas sem gente e gente sem casa, terras sem gente e gente sem terras".
terça-feira, julho 07, 2009
domingo, julho 05, 2009
As Jornadas Pastorais do nosso Episcopado acabam de desenhar,para os católicos portugueses, uma nova pedagogia social,comprendendo que são os pobres o verdadeiro "altar" de Deus.
(...) Está anunciada, para Novembro, a "Carta da Compaixão", preparada desde 2008. Destina-se a congregar todos aqueles,religiosos ou não, que não suportam a situação actual do mundo da exclusão,atentos à antiga "regra de ouro"na sua formulação negativa e positiva: não fazer aos outros o que não desejamos que nos façam a nós e fazer-lhes aquilo que gostariamos que nos fizessem.(...)Como lembra o filósofo A. Comte-Sponville, o capitalismo não funciona pela virtude, pela generosidade pelo desinteresse, mas no interesse pessoal ou familiar: funciona por egoismo. O mercado é incapaz de se auto-regular de modo socialmente aceitável e a moral não basta. Entre o poder cego da economia e a fraqueza da moral, só restam a política e o direito para fixar os limites do que não é negociável, para que os valores morais dos indivíduos controlem , em parte, a realidade amoral da economía.
Jaques Attali nota que o crescimento da economia criminosa pode vir a dominar a economia real. A Somália é, hoje, uma economia de mercado sem Estado, a economia das máfias e da traficância. Tendo isto em conta, as crises até podem ser proveitosas, se provocarem a tomada de consciência dos perigos que nos espreitam em relação às gerações futuras das quais só nós podemos ser a voz.Se não actuarmos depressa, a selvajaria absoluta arrebentará com tudo; mas tudo pode ser salvo se houver consciência da importância de um Estado de direito global que actue no interesse de todos.
Há quem diga que, por razões económicas (o crescimento) e por razões morais (o desnvolvimento), caminhamos para uma catástrofe ecológica. Se, porém, acolhermos o alarme desta crise, poderemos converter os nossos estilos de vida e dar bons sinais de que juntos podemos enfrentar o futuro que exige uma política global.
Frei Bento Domingues,Público,5 de julho de 2009
(...) Está anunciada, para Novembro, a "Carta da Compaixão", preparada desde 2008. Destina-se a congregar todos aqueles,religiosos ou não, que não suportam a situação actual do mundo da exclusão,atentos à antiga "regra de ouro"na sua formulação negativa e positiva: não fazer aos outros o que não desejamos que nos façam a nós e fazer-lhes aquilo que gostariamos que nos fizessem.(...)Como lembra o filósofo A. Comte-Sponville, o capitalismo não funciona pela virtude, pela generosidade pelo desinteresse, mas no interesse pessoal ou familiar: funciona por egoismo. O mercado é incapaz de se auto-regular de modo socialmente aceitável e a moral não basta. Entre o poder cego da economia e a fraqueza da moral, só restam a política e o direito para fixar os limites do que não é negociável, para que os valores morais dos indivíduos controlem , em parte, a realidade amoral da economía.
Jaques Attali nota que o crescimento da economia criminosa pode vir a dominar a economia real. A Somália é, hoje, uma economia de mercado sem Estado, a economia das máfias e da traficância. Tendo isto em conta, as crises até podem ser proveitosas, se provocarem a tomada de consciência dos perigos que nos espreitam em relação às gerações futuras das quais só nós podemos ser a voz.Se não actuarmos depressa, a selvajaria absoluta arrebentará com tudo; mas tudo pode ser salvo se houver consciência da importância de um Estado de direito global que actue no interesse de todos.
Há quem diga que, por razões económicas (o crescimento) e por razões morais (o desnvolvimento), caminhamos para uma catástrofe ecológica. Se, porém, acolhermos o alarme desta crise, poderemos converter os nossos estilos de vida e dar bons sinais de que juntos podemos enfrentar o futuro que exige uma política global.
Frei Bento Domingues,Público,5 de julho de 2009