OS CAMPOS DA MINHA TERRA
(Entre Coimbra e a Lousa)
à Virgínia
Os campos da minha terra,
são campos tristes, são ais,
entre veredas e a serra,
cerzidos de laranjais.
Oh, campos onde nasci!
Paisagem de neblina.
Mondego de luz, sorri
aos olhos dessa menina
que sonha frutos e aves
— abraços da natureza.
Oh, campos da minha terra,
razão da minha tristeza...
Serenatas de Novembro,
vozes de amor e guitarras...
Nasci do mês, e o que lembro,
são ânsias desencontradas.
Campos, eu vos bendigo!
— infância, luar sem lei —,
a vós regresso, abrigo,
pureza que eu já não sei.
in: O Espírito da Raiz
(Entre Coimbra e a Lousa)
à Virgínia
Os campos da minha terra,
são campos tristes, são ais,
entre veredas e a serra,
cerzidos de laranjais.
Oh, campos onde nasci!
Paisagem de neblina.
Mondego de luz, sorri
aos olhos dessa menina
que sonha frutos e aves
— abraços da natureza.
Oh, campos da minha terra,
razão da minha tristeza...
Serenatas de Novembro,
vozes de amor e guitarras...
Nasci do mês, e o que lembro,
são ânsias desencontradas.
Campos, eu vos bendigo!
— infância, luar sem lei —,
a vós regresso, abrigo,
pureza que eu já não sei.
in: O Espírito da Raiz
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