sexta-feira, fevereiro 23, 2007

AO ROMPER DO DIA EM
VILAMARIM
LUGAR DO MIRADOURO


Altas montanhas; cumes brancos
erguidos na neblina
que os rodeia com sua fita de bruma
e de silêncio...
O rio (líquida estrada do poente)
rasga o momento
com sua faca de dois gumes,
tudo e nada.
Altas montanhas...
e o verde a insinuar-se
com seu pesado manto de terra
adormecida.
É manhã.
O dia é de cantar
e de sonhar
alto.

in O espírito da raiz