À memória do Allministro Pinho (com dois iis)
CARTA A ANTO *
Anto! anda ver o meu país de banqueiros,
o meu país de pederastas e políticos.
Ai o mar que é nosso!...
Um lindo mar, eu sei.
De empresários, desportistas radicais,
de jovens executivos e doutores.
(Não, já não é dos pescadores!)
É um mar de vender em pacotes aos turistas.
Ai o mar que é nosso!...
Um brando mar de agentes imobiliários
crescidos entre cifrões, a noite, pó-branco e patos-bravos.
Anto! anda ver o meu país de banqueiros,
de bancários, de vendedores, vendidos e gerentes.
Anto! Anda ver o meu pobre país dos detergentes.
Carlos Carranca
*Quem me havia de dizer que um poema escrito há dois anos viria a servir a um ministro desta espécie de socialismo!...
CARTA A ANTO *
Anto! anda ver o meu país de banqueiros,
o meu país de pederastas e políticos.
Ai o mar que é nosso!...
Um lindo mar, eu sei.
De empresários, desportistas radicais,
de jovens executivos e doutores.
(Não, já não é dos pescadores!)
É um mar de vender em pacotes aos turistas.
Ai o mar que é nosso!...
Um brando mar de agentes imobiliários
crescidos entre cifrões, a noite, pó-branco e patos-bravos.
Anto! anda ver o meu país de banqueiros,
de bancários, de vendedores, vendidos e gerentes.
Anto! Anda ver o meu pobre país dos detergentes.
Carlos Carranca
*Quem me havia de dizer que um poema escrito há dois anos viria a servir a um ministro desta espécie de socialismo!...
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