sexta-feira, fevereiro 11, 2011

A IDEIA DE PÁTRIA EM ANTÓNIO TELMO



É próprio da condição humana perseguir o universal, mas nem todos o perseguem da mesma maneira. Uns há que seguem o caminho mais óbvio – em nome do universal, negam tudo o que lhes parece circunstanciado, assim renegando o espaço e o tempo, a história, a cultura, os povos, as próprias Pátrias. Outros, ao invés, encontram nestas a via aberta da universalidade.

O caminho mais óbvio nem sempre é o mais verdadeiro e, filosoficamente, pode-se até arriscar dizer-se: “Quanto mais óbvio, menos verdadeiro”. Nem sempre é, provavelmente, verdade. Mas é decerto mais verdadeiro do que o princípio oposto, que reduz a verdade ao óbvio. Por isso, arriscamos dizer: errados estão aqueles que, em nome do universal, negam tudo o que lhes parece circunstanciado, assim renegando o espaço e o tempo, a história, a cultura, os povos, as próprias Pátrias. Por isso, dizemos ainda: mais certos estão aqueles que encontram nestas a via aberta da universalidade.

(excerto)

Para o Rodrigo, no dia do seu aniversário.