tag:blogger.com,1999:blog-338466232024-03-23T03:14:06.047-07:00Carlos Carranca - neste lugar sem portasCarlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.comBlogger458125tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-89331095911225467702011-05-04T09:09:00.000-07:002011-05-04T09:10:54.299-07:00<span style="font-size:130%;"><strong>«Qual Ioga, qual nada! A melhor ginástica respiratória que existe é a leitura, em voz alta, dos Lusíadas».<br /></strong><br /></span><strong>Mário Quintana<br /></strong>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-64581442214103836552011-05-03T15:07:00.000-07:002011-05-03T15:08:10.840-07:00<strong>Homens dão Luta em Dusseldorf e são notícia em Londres</strong><br /><br /><iframe width="430" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/f8J0Nf37eQw?rel=0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-83774115358081632052011-04-20T07:11:00.000-07:002011-04-20T07:17:52.931-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjADYYc23HQ6eKVQAMKeunVISOsX_5awdrujLtXv9IOxizWPci-zGC4w1LSVsifZD6e-L1ymcPLDu_GmArLBbkgrbEDiH4tHb0Mmv6-9AR3hWwGSxvf5FA1R8tiRflA7pv2vwZa7A/s1600/Convite+COIMBRA_Leituras_de_Torga.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 170px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5597669433169829602" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjADYYc23HQ6eKVQAMKeunVISOsX_5awdrujLtXv9IOxizWPci-zGC4w1LSVsifZD6e-L1ymcPLDu_GmArLBbkgrbEDiH4tHb0Mmv6-9AR3hWwGSxvf5FA1R8tiRflA7pv2vwZa7A/s320/Convite+COIMBRA_Leituras_de_Torga.jpg" /></a><br /><br /><br /><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEga6FOn3uJGCTr1TrrcdJ6ECZa2btNexo3_WDxzIEzPjEKSCnZA2f1xEKAzWwHYI0dyduXhSxZf6L4frANvxFFEgtwphRPKIgL9eovGO5hYikMKuiJ95Z3l4H84txjd7KFq00ZXNA/s1600/Convite+FIGUEIRA+FOZ_LeitTorga.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 226px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5597669363858471634" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEga6FOn3uJGCTr1TrrcdJ6ECZa2btNexo3_WDxzIEzPjEKSCnZA2f1xEKAzWwHYI0dyduXhSxZf6L4frANvxFFEgtwphRPKIgL9eovGO5hYikMKuiJ95Z3l4H84txjd7KFq00ZXNA/s320/Convite+FIGUEIRA+FOZ_LeitTorga.jpg" /></a><br /><strong>clicar nas imagens para ampliar<br /></strong><br /><br /><div></div></div>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-75025880862596438752011-04-13T11:06:00.000-07:002011-04-13T11:08:21.351-07:00<div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">O MENDIGO IMPACIENTE DO PODER</span></strong> <strong></strong></div><br /><div align="justify"><strong>Ou uma (falsa) esperança chamada Fernando Nobre Um médico também pode ficar doente. O pior é quando surge a crónica doença do poder, podendo tornar-se cada vez mais obsessiva. No caso de Fernando Nobre, ainda mal despontavam os sintomas – nem lhe entravam ainda propriamente no corpo – já a doença lavrava em todo ele. Não havendo ainda cura para tal, não há outro remédio senão deixar morrer o micróbio no líquido ácido da sofreguidão. Desconheço se o homem Fernando Nobre tem de facto carácter, e isso pouco me importa, pois não convivo com ele, mas fiquei a saber que não tem a mínima convicção política, e que defraudou a expectativa de milhares e milhares de cidadãos portugueses. E se porventura tem alguma convicção, não foi a que agora mostrou, que não está nada de acordo com a que exibiu anteriormente. Um pretensioso general que, ao invés de cuidar dos traumatismos dos soldados – podendo aqui ser de facto general de mérito - não sabe para onde guiar as suas tropas, ou, pior do que isso, as leva para o abismo sem nada lhes dizer. Fernando Nobre revelou-se um mau educador de tanta juventude que o olhava com esperança, qual brisa fresca na construção de um novo paradigma para este ainda desajeitado século XXI, na tresloucada democracia portuguesa. O frágil lutador contra a “partidocracia” sucumbiu perante uma maleita que estaria já nele incubada, mas que muitos portugueses ainda não tinham diagnosticado. Depois subiu-lhe a febre de repente, e vieram as convulsões… O arauto falhado de um movimento de cidadania consciente e participativa, agora terá que ir para o fim da fila e, enquanto espera, ler o Leal Conselheiro ou um outro actual, talvez o Ajude-se a si próprio. Miguel Torga, na década de setenta, bem avisou, em tom algo profético, para que ao Povo nunca se jurasse o seu santo nome em vão. Não sei o que Fernando Nobre sente quando entoa aquela passagem de A Portuguesa onde se fala do «nobre povo». Seja como for, jurou em vão várias vezes, como é do conhecimento de todos. Mas, nesta jura de Judas, confirmou uma espécie de constante histórica nossa: a do aparecimento dos falsos D. Sebastião que se fazem sempre anunciar de vários modos e com soluções eficazes, ao contrário do verdadeiro, que não se sabe quando aparece nem como actuará. Beethoven suprimiu a dedicatória a Napoleão, na sua 3ª sinfonia, quando percebeu as intenções deste último. Em minha humílima mas sincera atitude, não poderei anular os dois textos laudatórios que escrevi sobre Fernando Nobre. Reconheço o meu engano. Mas os deuses, provavelmente antevendo mais uma trágico-comédia portuguesa, fazem-me agora ver que, no fundo, as palavras eram de louvor à esperança, representadas por um infeliz actor que já abandonou a cena. A esperança jamais morrerá, ao contrário deste episódio efémero que, contudo, veio chamar a atenção para o risco de haver cada vez menos portugueses para gerar esperança. No dia 10 de Abril morreu definitivamente para muitos o círculo dos Vencidos da Política, (entenda-se a da “partidocracia”), mas haverá ainda os «Não Vencidos da Cidadania», os «Não Vencidos do Pensar». A despeito da mesquinhez a que tem sido sujeito, dentro e fora do país, o ideal português não morreu de todo, perante um punhado de sinistros Velhos do Restelo de melosos discursos de ousadia, que afinal são de negação de si mesmos e da pátria, da qual falam sem autoridade moral e cultural, embora legitimamente representando o país que os vai elegendo. Falei em bússola num dos meus textos anteriores. A bússola de Fernando Nobre tem outros pontos cardeais. Não são os meus nem os de milhares de portugueses, humilhados na sua dignidade, nesta terra de injustiça e de desalento, onde muitos abandonam o chão onde vivem para rumar a outro chão, na esperança de não ser tão pequeno e sem tanta estreiteza mental e cultural. O candidato é mesmo impaciente. Não podia esperar pelas ainda longínquas eleições presidenciais. Ainda bem que tudo se clarificou para as legislativas. Perante a sua impaciência sejamos nós pacientes para, serenamente, assistirmos à representação do mito de Ícaro. Esperemos que se cumpra, obviamente sem estragos materiais. </strong></div><br /><div align="justify"><strong></strong></div><br /><div align="justify"><strong>10 de Abril de 2011 </strong></div><br /><div align="justify"><strong>Eduardo Aroso</strong></div>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-22463139100415667922011-04-12T05:44:00.000-07:002011-04-12T05:46:16.745-07:00<div align="center"><strong><span style="font-size:130%;">Mon AMI Passos Coelho </span></strong></div><br /><div align="center"><strong><span style="font-size:130%;"></span></strong></div><strong></strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUK1hvLQhFLIDSK_6Zo5KowAISsGIwcGKvxXAXwx6XNILFr0FHDvTu7dEfXaxPB-9SZr7faGxxRCzrogQ8cLlCVXCVnredTHg46ZtAZIkjAgiJ2pnZEh5PAFmgVZ6ekBuAbw_ZZw/s1600/fernandonobrepassoscoel.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 256px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5594677190687823346" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUK1hvLQhFLIDSK_6Zo5KowAISsGIwcGKvxXAXwx6XNILFr0FHDvTu7dEfXaxPB-9SZr7faGxxRCzrogQ8cLlCVXCVnredTHg46ZtAZIkjAgiJ2pnZEh5PAFmgVZ6ekBuAbw_ZZw/s320/fernandonobrepassoscoel.jpg" /></a> <br /><p align="justify"><strong>Fernando Nobre encabeça lista do PSD por Lisboa e é candidato a presidente da Assembleia da Republica. </strong></p><br /><p align="justify"><strong>Lembram-se do discurso nobre do Fernando quando foi candidato a Presidente de Republica? </strong></p><br /><p align="justify"><strong>Lembram-se do grande movimento de cidadania, do discurso contra os partidos e pela transparência na vida politica, contra o compadrio, o negócios de lugares e agora aceita o segundo lugar nas presidenciais, que não obteve, para aceder ao cargo de segunda figura da Republica. Ele há gente por aí.</strong></p>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-19998207031225792642011-04-12T05:39:00.001-07:002011-04-12T05:40:15.067-07:00<div align="justify"><strong>PSD arremata Fernando Nobre</strong></div><br /><div align="justify"><strong></strong></div><br /><div align="justify"><strong>12 / 4 / 11 JN on line </strong></div><br /><div align="justify"><strong></strong></div><br /><div align="justify"><strong>Manuel António Pina </strong></div><br /><div align="justify"><strong></strong></div><br /><div align="justify"><strong>Fui dos que receberam com alguma expectativa a notícia da candidatura de Fernando Nobre, que apenas conhecia da AMI, à Presidência da República. Aparentemente tratava-se de alguém exterior ao regime, sem carreira partidária e talvez sem os compromissos sobre que se constroem as carreiras nos partidos. As informações que davam Nobre como uma mera marioneta de Soares contra Alegre, deixaram-me de pé atrás, até porque o próprio viria a confirmar os encontros com Soares. Mas o seu discurso de apresentação tirou-me todas as dúvidas. Não existia ali algo minimamente parecido com uma ideia, só um arrazoado de "slogans" em volta da questão da "cidadania" e a tentativa grosseira de capitalizar o descontentamento geral com os partidos reclamando-se, frase sim frase não, "apartidário" e contra o "sufoco partidário". Testemunhos sobre o seu passado em Bruxelas e as suas anteriores posições políticas fizeram-me finalmente concluir que estávamos diante de um desses demagogos e oportunistas em que os tempos de crise são férteis. Há cerca de 15 dias Nobre mantinha ainda o discurso antipartidos, garantindo que nunca integraria uma lista partidária. A fazer fé no seu ex-director de campanha, estaria já na altura a leiloar-se entre PS, CDS/PP e PSD. Pelos vistos foi o PSD quem deu mais. Arrematou o candidato dos "valores" e dos "princípios" com a promessa da presidência da AR. E Nobre fez o negócio da sua vida.</strong></div>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com20tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-10082275652704958402011-04-10T14:33:00.000-07:002011-04-10T14:37:06.343-07:00<div align="justify"><strong><span style="font-size:180%;">Comunicado de Imprensa </span></strong></div><br /><div align="justify"><strong></strong></div><br /><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">A decisão do Sr. Dr. Fernando Nobre de se candidatar a deputado nas listas do PSD nas próximas eleições legislativas, hoje conhecida, apanhou de surpresa quem, como os signatários ( e seguramente muitos milhares de de outras pessoas) se empenharam na sua candidatura à Presidência da República. </span></strong></div><br /><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">Não era para nós concebível que, menos de 3 meses volvidos sobre as eleições Presidenciais, o Dr. Fernando Nobre pudesse estar interessado em candidatar-se a qualquer outro cargo político, e muito menos que resolvesse envolver-se numa luta partidária, independentemente das piedosas “justificações” que invoca para o fazer. </span></strong></div><br /><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">A sua inclusão nas listas do PSD – ou, aliás, nas de qualquer outro Partido do “arco do Governo” – contradiz tudo aquilo em que baseou a sua candidatura a Presidente da República, ou seja, de que representava uma candidatura da Cidadania, independente dos Partidos e principalmente da sua prática, e de que pretendia ser “a voz dos que se desiludiram com a política, dos que acreditaram que a política não se esgota na coutada privada de alguns”. </span></strong></div><br /><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">Ao optar por se integrar nas listas de um Partido Político, e de o tentar “justificar” da forma como o fez, acaba por deitar por terra tudo o que conseguiu ao longo dcampanha, traindo todos os compromissos que assumiu com os milhares de pessoas que nele confiaram e que, perante esta nova postura, se sentem enganados e instrumentalizados. </span></strong></div><br /><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">Por tudo isso, como ex-Mandatário Distrital e ex-Coordenador Distrital de Viseu da candidatura Presidencial do Dr. Fernando Nobre, vimos publicamente demarcarmo-nos da posição por ele agora assumida, e lamentar o entusiasmo, o empenhamento e a esperança que naquela candidatura pusemos. </span></div></strong><br /><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"></span></strong></div><br /><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">Viseu, 10 de Abril de 2011. </span></strong></div><br /><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">António Ribeiro de Carvalho (ex- Mandatário Distrital de Viseu) </span></strong></div><br /><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">Luis Branquinho (ex- Coordenador Distrital de Viseu)</span></strong></div>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-85429149001107554882011-03-26T05:37:00.001-07:002011-03-26T05:38:32.329-07:00<div align="center"><strong><span style="font-size:180%;">A vergonha continua<br /></span></strong><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheDTQF0KCx5ClKzvjdVLBZTUP5tS5wCOrkKOQBANY6WwF7_zy55uup1EqUg1-TzeqjTT9ZzcXTIVNW-yBXzpdjh-Ce1RWr0kiKhhwV-XrrH7Ux6qb0RrXinJugkWpdnrcjEm0iog/s1600/passoscoelhomerkeltrich.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 236px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5588366940906368322" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheDTQF0KCx5ClKzvjdVLBZTUP5tS5wCOrkKOQBANY6WwF7_zy55uup1EqUg1-TzeqjTT9ZzcXTIVNW-yBXzpdjh-Ce1RWr0kiKhhwV-XrrH7Ux6qb0RrXinJugkWpdnrcjEm0iog/s320/passoscoelhomerkeltrich.jpg" /> <p align="justify"></a> <strong>Ainda o governo não foi demitido e já o Passos Coelho foi ao beija mão da Frau Merkel e anuncia e defende aquilo que ainda ontem criticava; o aumento de impostos, com o IVA a poder subir para 24 ou 25 por cento. Só falta saber se, mal seja governo, (se o chegar a ser), vão chamar às suas medidas de austeridade PEC 5 ou PEC 1 DS (depois de Sócrates). Mudam-se as moscas, mas não se muda o que cheira mal.</strong> </p>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-89012657449993941032011-03-13T12:53:00.000-07:002011-03-13T12:55:18.418-07:00<div align="center"><strong><span style="font-size:180%;">Sócrates "à rasca"<br /><br /></span></strong></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1E-PgDxNsQhEIXcnEa-YqVLXszKKWluiNG7zTjgmDgGi0K93ZFCxispARVIqgWZd5nQA4Mj1h2-DnhQK4IvKqrasog0J6MfTFLHyWq1IX7xHqDFE3C4aWwAhobWoPLVuYweouEg/s1600/8173635_IVHUJ.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 249px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5583655078518110226" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1E-PgDxNsQhEIXcnEa-YqVLXszKKWluiNG7zTjgmDgGi0K93ZFCxispARVIqgWZd5nQA4Mj1h2-DnhQK4IvKqrasog0J6MfTFLHyWq1IX7xHqDFE3C4aWwAhobWoPLVuYweouEg/s320/8173635_IVHUJ.jpg" /> <p align="center"></a><br /><br /><strong>clicar na imagem para ampliar</strong> </p>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-22300400106164217192011-03-09T06:49:00.000-08:002011-03-09T06:50:48.350-08:00<strong>Fado à Desgarrada </strong><br /><br /><iframe title="YouTube video player" width="420" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/5Bxn-HSFlhw?rel=0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-62642315905907941362011-03-04T07:37:00.000-08:002011-03-04T07:38:38.476-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgdIX6r9DtD2UTPIXMf3Ih1j-9hSpV71UIw4g17wiH7ipYzSxYY3LjoVQs79jbRiaq_ZifZKm9ZxLYVQqL4h58ISMxQanQFCsN3a7cDzSGu2YebLZUB6l2PVKvFo5hjo9iV_Hzjg/s1600/Clipboard01.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 226px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5580249561177787106" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgdIX6r9DtD2UTPIXMf3Ih1j-9hSpV71UIw4g17wiH7ipYzSxYY3LjoVQs79jbRiaq_ZifZKm9ZxLYVQqL4h58ISMxQanQFCsN3a7cDzSGu2YebLZUB6l2PVKvFo5hjo9iV_Hzjg/s320/Clipboard01.jpg" /></a><br /><div align="center">clicar na imagem para ampliar</div>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-26980864621649222432011-02-28T00:51:00.001-08:002011-02-28T00:52:02.183-08:00<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfBCIz99f7azIVZRks-UGejldF_FV2P62ispGnnAfcAmnEbpM5aro6xdvtND_BYwSR95jCHSEi_e7WBmMOQNHR4TPPDgPSgvO2qPl1exqLcs0_Y_i6tWuKzp3euJ8lmTZJg4cC6w/s1600/Sergio-1-Publico-26-2-2011.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 251px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5578660395499997218" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfBCIz99f7azIVZRks-UGejldF_FV2P62ispGnnAfcAmnEbpM5aro6xdvtND_BYwSR95jCHSEi_e7WBmMOQNHR4TPPDgPSgvO2qPl1exqLcs0_Y_i6tWuKzp3euJ8lmTZJg4cC6w/s320/Sergio-1-Publico-26-2-2011.jpg" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiICkZ8KONQlXkoAJ-raw8gKwuw79nbLamZ7SZ_UgW07daKzjPmpic0P86HLTM9uV9CgNNAMxgObdF1LpkJ3Do-Hg_VGrUS4qtkZ4k5sBrtncO0bUk0bzZsGfKLHHuO9vzqpOIu4A/s1600/Sergio-2-Publico-26-2-2011.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 270px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5578660338139420786" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiICkZ8KONQlXkoAJ-raw8gKwuw79nbLamZ7SZ_UgW07daKzjPmpic0P86HLTM9uV9CgNNAMxgObdF1LpkJ3Do-Hg_VGrUS4qtkZ4k5sBrtncO0bUk0bzZsGfKLHHuO9vzqpOIu4A/s320/Sergio-2-Publico-26-2-2011.jpg" /></a> clicar nas imagens para poder ler a entrevista<br /></div>Sérgio Azevedo numa entrevista ao jornal "Público", de ontem. Texto de Cristina Fernandes e foto de Nuno Ferreira Santos.Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-44193900378811467332011-02-23T10:26:00.000-08:002011-02-23T10:27:16.042-08:00<div align="justify"><span style="font-size:130%;"><strong>Abaixo os organismos de cúpula, vivam os orgasmos de cópula</strong><br /><br /></span>por daniel oliveira<br /><br />Um episódio está a aquecer o Parlamento. Nada tem a ver com os deputados. A semana passada um colaborador do grupo parlamentar do PSD foi apanhado em flagrante delito, às sete da manhã, em pleno acto com uma amiga que não trabalha na Assembleia. A coisa pode parecer apenas interessante contada assim. Mas é muito mais do que isso. O acto aconteceu na sala do plenário. Infelizmente, a interrupção não terá permitido ao arrojado casal levar a fantasia até ao fim. Há sempre um empata.<br /><br />Antes que a coisa saia na imprensa e comecem as condenações morais, quero deixar clara a minha admiração pelos pecadores. Porque respeito quem faz tudo para cumprir uma fantasia. Porque deram um contributo para a dessacralização do poder, aproximando assim aquele órgão de soberania das verdadeiras preocupações dos cidadãos. E porque, por uma vez, aconteceu qualquer coisa realmente interessante naquela sala (infelizmente não consegui saber qual foi a bancada escolhida). Só lamento que, como de costume, quando realmente alguma coisa de construtiva começa ali a ser feita, seja deixada a meio. O meu abraço aos dois. Próxima aventura: Palácio de Belém?<br /><br />Parabéns ao intrépido casal porque:<br /><br />a) Por uma vez que seja, a AR foi verdadeira e matematicamente paritária;<br /><br />b) Demonstrou cabalmente que neste País a política é f.... E que de deputado a de putedo pode ir, literalmente, um cabelo, pese embora não ter sido esse aparentemente o elenco desta (des)feita;<br /><br />c) Às sete da matina já exibiam um ritmo e um grau de actividade que os mais dos deputados habitualmente nem às sete da tarde atingem;<br /><br />d) Demonstraram que poder é bom enquanto dura, mas há que saber sair de cima quando o tempo de outrem sobrevém ao nosso;<br /><br />e) Depois de lhes reprovarem o acto na generalidade, tiveram a decência e o bom-senso de passar à especialidade em sede mais recatada;<br /><br />f) Forneceram o exemplo acabado de como, em Democracia, quaisquer coitados podem aceder sem restrições ao órgão máximo da representação popular (Coito dos Santos novamente na Educação, já!);<br /><br />g) Demonstraram ainda, para gáudio de uns e vexame de outros, que naquela vetusta sala continua a haver quem use mudar de posição conforme as conveniências do momento.<br /><br />Tenho dito.<br /></div>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-5107142810297321962011-02-23T10:25:00.000-08:002011-02-23T10:26:11.426-08:00<strong><span style="font-size:130%;">Sr. Mata e Sr. Esfola </span></strong><br /><strong><span style="font-size:130%;"><div align="justify"><br /></span></strong>Manuel António Pina<br />JN on line 22/2/11<br /><br />Como fizeram para reduzir os salários e as prestações sociais, PS e PSD juntaram--se de novo no Parlamento, desta vez para impedir limites (nem sequer para os reduzir, só para lhes pôr freio) aos vencimentos dos gestores públicos.<br />Gestores públicos é um eufemismo usado para designar "boys" e "girls", em geral sem mais qualificações para gerirem o que quer que seja do que a sua disponibilidade para serem geridos. E se há assunto em que PS e PSD estão de acordo, além de que os pobres é que devem pagar as crises provocadas pelos ricos, é o da protecção dos "seus".<br />Embora não pareça, há no entanto diferenças entre PS e PSD. Por exemplo, o PS quer despedimentos fáceis & baratos para estimular "o emprego" enquanto o PSD também quer despedimentos fáceis & baratos mas para estimular "a economia". Para quem for despedido é igual, mas visto do lado do PS e PSD é muito diferente.<br />Do mesmo modo, o PS rejeitou as propostas do BE, PCP e CDS para que os salários dos gestores públicos tivessem como tecto o vencimento do presidente da República por isso ser "da competência do Governo" ao passo que o PSD as rejeitou por serem "populistas". "Boys" e "girls" do PS e PSD continuarão, pois, a poder ganhar mais do que o presidente da República. E não por um mas por dois bons motivos, um o do Sr. Mata outro o do Sr. Esfola.<br />É assim que PS e PSD conseguem o milagre de estar em desacordo fazendo exactamente o mesmo. </div>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-72036769145775684572011-02-19T00:26:00.000-08:002011-02-19T00:31:12.214-08:00<strong>Deolinda - Que Parva Que Eu Sou</strong><br /><br /><iframe title="YouTube video player" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/qOKU8ajeIic" frameborder="0" width="420"></iframe><br /><br /><strong>Sou da geração sem remuneração e não me incomoda esta condição.<br />Que parva que eu sou!<br /><br />Porque isto está mal e vai continuar, já é uma sorte eu poder estagiar.<br />Que parva que eu sou!<br />E fico a pensar, que mundo tão parvo onde para ser escravo é preciso estudar.<br /><br />Sou da geração ‘casinha dos pais’, se já tenho tudo, pra quê querer mais?<br />Que parva que eu sou!<br />Filhos, marido, estou sempre a adiar e ainda me falta o carro pagar,<br />Que parva que eu sou!<br />E fico a pensar, que mundo tão parvo onde para ser escravo é preciso estudar.<br /><br />Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’ Há alguém bem pior do que eu na TV.<br />Que parva que eu sou!<br />Sou da geração ‘eu já não posso mais!’ que esta situação dura há tempo demais.<br />E parva não sou!<br />E fico a pensar, que mundo tão parvo onde para ser escravo é preciso estudar.</strong>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-28305181877900464042011-02-18T06:40:00.000-08:002011-02-18T06:41:11.359-08:00<div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">O PS no "centro do centro" e a auto-reprodução das oligarquias partidárias</span><br /><br /></strong>por Alfredo Barroso, Publicado em 15 de Fevereiro de 2011<br /><br /><strong>1. Na sua crónica semanal publicada no DN a 1 de Fevereiro, Mário Soares<br />considera ter chegado o momento de o PS "fazer uma reflexão aprofundada",<br />com o objectivo de "dar um novo impulso à sua participação na vida política<br />(independentemente do governo), com mais idealismo socialista e menos<br />apparatchiks, mais debate político e menos marketing, mais culto pelos<br />valores éticos e menos boys que só pensam em ganhar dinheiro e promover-se".<br />A primeira reacção oficial da direcção do PS não se fez esperar, por via do<br />inevitável José Lello, membro do seu secretariado nacional, que se apressou<br />a desvalorizar as opiniões do principal fundador do partido: "O PS só tem<br />uma única preocupação: governar o país e defender o país. É esse o nosso<br />objectivo ideológico e é nisso que devemos concentrar-nos. Tudo o resto é<br />secundário."<br />Antes de mais, duas observações de pura forma: "governar o país e defender o<br />país" são duas preocupações, e não "uma única"; e nenhuma delas é um<br />"objectivo ideológico", mas sim político. José Lello tem de cuidar da<br />gramática e recorrer mais vezes ao dicionário, porque a língua portuguesa é<br />muito traiçoeira.<br />Depois há que dizer que José Lello é assim uma espécie de "reflexo<br />pavloviano" da oligarquia partidária que dirige o PS. Quando alguém bate com<br />demasiada estridência no portão da sua quinta, Lello reage e ataca sem<br />pensar, atirando-se cegamente às pernas de quem julga ser um intruso, e fica<br />radiante quando lhe rasga as calças.<br />Para Lello e outros apparatchiks, que, como ele, vivem à sombra do aparelho<br />do partido, Mário Soares já é considerado um "intruso", tal como Manuel<br />Alegre ou Manuel Maria Carrilho, para só referir mais dois exemplos de<br />fresca data. Como qualquer apparatchik que se preze, Lello é totalmente<br />incapaz de formular um discurso político que seja interessante e<br />mobilizador. Além de não se lhe conhecer qualquer ideia original, recusa-se<br />terminantemente a reflectir sobre o que quer que seja.<br /><br /><br /><br />2. José Lello é um case study que nos permite compreender melhor como os<br />partidos continuam a funcionar em circuito fechado. Citando Robert Michels,<br />um dos maiores autores clássicos especializados no estudo dos partidos<br />políticos em democracia, José Lello faz parte "de um exército de dirigentes<br />intermédios ou inferiores profissionalizados - os chamados bosses e<br />wirepullers [literalmente: "os que manobram os fios", isto é, os<br />"intriguistas") -, sem qualquer aprofundamento teórico a guiar a sua acção,<br />mas sob as ordens de um dirigente superior com talento estratégico".<br />A obra fundamental de Robert Michels - "Para Uma Sociologia dos Partidos<br />Políticos na Democracia Moderna. Investigação sobre as Tendências<br />Oligárquicas dos Agrupamentos Políticos» - foi publicada pela primeira vez<br />em 1910, mas só em 2001 foi traduzida e editada em português1.<br />Cem anos passados, a sua actualidade continua impressionante. Michels<br />apresenta-nos inúmeros exemplos do modo como a direcção das grandes máquinas<br />políticas é progressivamente açambarcada por uma classe profissional que vai<br />afastando paulatinamente os militantes.<br />Graças ao conhecimento das questões essenciais e à sua experiência política,<br />essa classe profissional acaba por se tornar indispensável. A sua "ciência"<br />dos mecanismos internos (o chamado "aparelho") e a habilidade para utilizar<br />as regras do jogo (que conhece e manipula como ninguém) preservam-na de ser<br />derrubada por súbitas inversões de maioria.<br />Essa classe profissional adquire assim uma inamovibilidade quase absoluta: a<br />sua renovação praticamente só se opera pelo efeito da idade e, mesmo assim,<br />essa substituição de gerações é cuidadosamente controlada e circunscrita. Os<br />dirigentes partidários revelam, aliás, especial mestria no trabalho de<br />dissolução das oposições virtuais, quer absorvendo os seus líderes, quer<br />empurrando-os para fora do partido.<br />Em suma: qualquer possibilidade de rejuvenescimento ou renovação global está<br />condenada à partida. A democracia, que é participação de todos na direcção,<br />deixa assim de ser exercida no interior dos partidos.<br />Foi a esses poderosos mecanismos de preservação e auto-reprodução da classe<br />profissional que domina os partidos políticos que Robert Michels chamou a<br />"lei de bronze" ou "lei férrea da oligarquia partidária".<br />Diz ele que "as correntes democráticas, ao longo da história, fazem lembrar<br />a rebentação contínua das ondas. Quebram sempre no momento em que se enrolam<br />e se abatem com fragor. Mas renascem sempre". O que sucede é que muitos<br />daqueles que erguem as vozes contra os "privilégios oligárquicos" também<br />"acabam por se dissolver na classe dominante", depois de "um período de<br />participação cinzenta na dominação".<br />Por isso mesmo, remata Robert Michels, "não tem fim este drama que<br />ferozmente se desenrola entre o incansável idealismo dos mais jovens e a<br />incurável sede de poder dos mais velhos. Há sempre novas ondas a rugir no<br />mesmo ponto de rebentação. E é essa a marca mais profunda e mais<br />característica da história dos partidos políticos".<br /><br /><br /><br />3. No interior dos partidos que alternam no poder, ou seja, no governo, há<br />igualmente o problema, referido por Mário Soares na sua crónica, dos "boys<br />que só pensam em ganhar dinheiro e promover-se".<br />É um problema cruciante nas democracias modernas, consequência daquilo a que<br />Donatella Della Porta, professora de Administração Local na Universidade de<br />Florença, considera uma "quebra progressiva da tensão ideológica, que deixou<br />um vazio ao nível dos princípios éticos"2.<br />Essa "quebra dos estímulos ideológicos" abriu caminho a indivíduos mais<br />sensíveis a motivações materiais, ou seja, à defesa dos seus interesses<br />pessoais. De facto, a falta de pessoal qualificado, capaz de desempenhar<br />funções de direcção política e de gestão da coisa pública, passou a ser<br />compensada pela "oferta" de uma nova classe de oportunistas, atraídos por<br />aquilo que a política lhes pode oferecer, tanto ao nível local como ao nível<br />nacional, para multiplicarem os seus proventos pessoais.<br />É evidente que a "quebra da tensão ideológica" diminui bastante a capacidade<br />dos partidos de formularem programas e políticas públicas consistentes e<br />coerentes, em benefício da generalidade dos cidadãos. Clientelismo,<br />nepotismo e patrimonialismo condicionam inevitavelmente a visão e os<br />objectivos daqueles que detêm os poderes de decisão.<br />Assistimos então àquilo que se designa por "gestão clientelar" das ofertas<br />de emprego na administração pública e nas empresas públicas, das nomeações<br />políticas feitas pelos partidos, das adjudicações de obras e serviços<br />públicos, e do favorecimento de certas empresas privadas.<br />"As práticas clientelares e de governo paralelo", como também são<br />designadas, "transformaram os próprios partidos." Enfraqueceram a sua<br />capacidade de canalizar, traduzir e corresponder às necessidades daqueles<br />que representam - os representados - e, em contrapartida, "reforçaram a sua<br />tendência para proporcionar vantagens aos seus representantes".<br />Toda esta intrincada teia de interesses e conivências - caracterizada pela<br />emergência de indivíduos que a especulação enriqueceu rapidamente, pela<br />arrogância dos novos poderosos e pela corrupção das elites, pelo aumento<br />significativo das necessidades financeiras dos partidos políticos e pelo<br />total desprezo votado à moral do serviço público - torna muito difícil<br />imaginar "um novo impulso democrático", uma grande transformação política e<br />uma verdadeira renovação ideológica dos partidos que alternam no poder.<br /><br /><br /><br /><br />4. No mais recente livro que publicaram, "O Poder Presidencial em<br />Portugal"3, André Freire e António Costa Pinto salientam uma questão<br />bastante interessante e significativa, que tem muito a ver com a "quebra da<br />tensão ideológica" de que tenho vindo a falar.<br />No balanço do primeiro mandato do actual Presidente da República, referem<br />que Cavaco só utilizou "o veto político face a diplomas da Assembleia da<br />República". Por outro lado, "as divergências políticas de Cavaco Silva face<br />à maioria parlamentar (expressas através dos vetos) foram apenas nas áreas<br />socioculturais e morais (estilos de vida, 'novos temas': paridade, divórcio,<br />uniões de facto) e nas questões institucionais (Estatuto<br />Político-Administrativo dos Açores, etc.), deixando de fora os temas<br />socioeconómicos (que estão no âmago da divisão entre esquerda e direita)".<br />Mais adiante, insistem: "Pelo menos tanto quanto é possível inferir do<br />exercício dos poderes de veto", Cavaco Silva "não terá divergido muito da<br />maioria das orientações da maioria parlamentar (PS) em questões<br />socioeconómicas (o âmago da divisão esquerda-direita)".<br />Os autores atribuem este comportamento do actual Presidente a dois factores:<br />primeiro, a "uma significativa inflexão do PS para o centro do centro";<br />segundo, a "um certo centrismo ideológico do Presidente Cavaco em questões<br />socioeconómicas".<br />Ora, o "centro do centro»" é aquilo a que um grande constitucionalista e<br />especialista no estudo dos partidos políticos, Maurice Duverger, chamou o<br />"juste milieu". E é hoje evidente que ele tinha razão ao afirmar, há mais de<br />40 anos, que "o centrismo favorece a direita".<br />Vejamos o que ele escreveu no livro "La democratie sans le peuple"4,<br />publicado em 1967: "O centrismo favorece a direita. Aparentemente, as<br />coligações do 'juste milieu' são dominadas ora pelo centro-direita ora pelo<br />centro-esquerda, seguindo uma oscilação de fraca amplitude. [...] Estas<br />aparências mascaram uma realidade completamente diferente. Por trás da<br />ilusão de um movimento pendular, o centro-direita domina quase sempre. [...]<br />Em vez de implicar uma transformação lenta mas regular da ordem existente, a<br />conjunção dos centros desemboca no imobilismo, ou seja, no triunfo da<br />direita."<br />No mesmo livro, Duverger também comenta a tendência para "uma esquerdização<br />do vocabulário político", nos seguintes termos: "O centro quer chamar-se<br />'esquerda', a direita quer chamar-se 'centro', e ninguém quer chamar-se<br />'direita'". Em Portugal, actualmente, o PS, o PPD-PSD e o CDS-PP são<br />ilustrações perfeitas do que Duverger quis dizer.<br /><br /><br /><br />5. O "centro do centro" ("juste milieu") é o território propício a todas as<br />renúncias ideológicas e a todas as abdicações políticas, sempre em nome dos<br />superiores interesses do Estado ou da nação, consoante a carapaça em que<br />cada partido político quer enfiar-se.<br />Mas é grande o prejuízo para a democracia, que é sustentada por quatro<br />pilares resultantes da articulação entre duas tradições diferentes: por um<br />lado, os pilares da liberdade individual e do pluralismo, nos quais assenta<br />a tradição liberal; por outro lado, os pilares da soberania popular e da<br />igualdade, nos quais assenta a tradição democrática.<br />Liberalismo e democracia são valores diferentes e, como nos explica Chantal<br />Mouffe, politóloga e professora da Universidade de Westminster, "a história<br />das democracias liberais caracterizou-se pela luta, por vezes violenta,<br />entre forças sociais cujo objectivo era estabelecer a supremacia de uma<br />tradição sobre outra"5.<br />Hoje, porém, a moldura ideológica dominante assenta, por um lado, no<br />"mercado livre" e por outro nos "direitos humanos". "O que é mais espantoso<br />é que a referência à soberania popular - que constitui a coluna vertebral do<br />ideal de democracia - foi praticamente eliminada da definição actual de<br />democracia liberal." A soberania popular é considerada nos dias que correm<br />"uma ideia obsoleta" e "um obstáculo à implementação dos direitos humanos".<br />Sob a bandeira da "modernização" - empunhada na década de 1990 por Tony<br />Blair ("New Labour") e Gerhard Schröder ("Novo Centro") - os partidos<br />socialistas, social-democratas e trabalhistas europeus passaram a<br />identificar-se quase exclusivamente com as classes médias e deixaram de<br />representar os interesses das classes mais populares, cujas reivindicações<br />foram consideradas "arcaicas" ou "retrógradas".<br />Não deverá por isso surpreender-nos a crescente alienação de um número cada<br />vez maior de grupos que se sentem excluídos do exercício efectivo da<br />cidadania pelas elites iluminadas. Chantal Mouffe salienta que é a<br />incapacidade dos partidos políticos democráticos de "proporem formas<br />distintas de identificação em torno de alternativas possíveis que cria o<br />terreno propício ao florescimento do populismo de direita".<br />É ilusório pensar que vivemos em sociedades pós-políticas, das quais foram<br />erradicados todos os antagonismos políticos. Não é concebível uma política<br />consensual para além da esquerda e da direita. Nem sequer existem soluções<br />imparciais na política. A "hegemonia neoliberal" deu lugar a um défice<br />democrático que é urgente colmatar, e a desigualdades económicas, políticas<br />e sociais crescentes, que é preciso questionar e combater.<br />É indispensável reactivar a noção de soberania popular como pilar essencial<br />da democracia. Sem ela não é possível recuperar a confiança nas instituições<br />europeias, combater as desigualdades sociais gritantes geradas pela<br />gravíssima crise económico-financeira e recuperar o prestígio perdido pelos<br />partidos políticos democráticos.<br />A noção de soberania popular traz implícita a ideia de participação alargada<br />dos cidadãos na vida política e de intervenção na coisa pública. Sem essa<br />participação activa não será possível proceder a uma renovação ideológica<br />dos partidos socialistas, social-democratas e trabalhistas.<br />As oligarquias partidárias instaladas no centro do centro praticam um<br />pragmatismo sem princípios totalmente avesso à renovação. O "idealismo"<br />inquieta-as, um "novo impulso" arrepia-as. Se as assustarem muito, soltam<br />apparatchiks como José Lello e mandam à fava o debate político.</strong> </div>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-849235987195340882011-02-15T09:11:00.000-08:002011-02-15T09:14:55.621-08:00<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIpX0Lc3uCE3_U4N3t1LfXIAaQMjhrASur0F8Zp5UyNA9HRO3oaCP6K7u32Jpznnz4pQi7rVQt0RtAf_FCydPLCwcp0Shs3XiGEMdFJvNQuDj2DL1K3ru0Yh5uM0R59SWnG3Tz1A/s1600/convite_por_um_sorriso_lx.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 160px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5573965677736122178" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIpX0Lc3uCE3_U4N3t1LfXIAaQMjhrASur0F8Zp5UyNA9HRO3oaCP6K7u32Jpznnz4pQi7rVQt0RtAf_FCydPLCwcp0Shs3XiGEMdFJvNQuDj2DL1K3ru0Yh5uM0R59SWnG3Tz1A/s320/convite_por_um_sorriso_lx.jpg" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-c6R3ruvamhHocnI57SBuwdjuWacj3SfvphCsuopInKALLd33cw6PSBRjWsNHgYpo09sdLEWmXIZk1wUWYEuqe5rYa1nCEVs2LL5plqlnC0XLv4F8R3CtsUHt6YwvmPFWIzBiaA/s1600/K_TO+-+Por+um+sorriso.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 228px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5573965578686752930" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-c6R3ruvamhHocnI57SBuwdjuWacj3SfvphCsuopInKALLd33cw6PSBRjWsNHgYpo09sdLEWmXIZk1wUWYEuqe5rYa1nCEVs2LL5plqlnC0XLv4F8R3CtsUHt6YwvmPFWIzBiaA/s320/K_TO+-+Por+um+sorriso.jpg" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRFQa5MDflKTrbPvSp5tECgVSGSQImbqR7T69DHl44vmGvhZnU6lzq9pZ3Khi188nMM5sZYCceYbUpBOWHMkwjEpIEMV0FIGO-JInc5ZEKmFz6Q4fN4K9syFk55UAFQXmoX2TFIQ/s1600/TO+-+Por+um+sorriso.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 219px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5573965445473703618" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRFQa5MDflKTrbPvSp5tECgVSGSQImbqR7T69DHl44vmGvhZnU6lzq9pZ3Khi188nMM5sZYCceYbUpBOWHMkwjEpIEMV0FIGO-JInc5ZEKmFz6Q4fN4K9syFk55UAFQXmoX2TFIQ/s320/TO+-+Por+um+sorriso.jpg" /></a> <div></div></div><br /><br /><strong>clicar nas imagens para poder ler</strong></div>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-13124053648082845972011-02-11T10:17:00.000-08:002011-02-11T10:19:23.825-08:00<div align="center"><strong><span style="font-size:130%;">A IDEIA DE PÁTRIA EM ANTÓNIO TELMO<br /></span></strong><br /><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0cdoWTnwtbQxPY54KN3tQnJ0DMaxncvOm0OzHkvIo3QWod6wLFCsaSOtUd6tdugB5AuTzkwg_B7PfRRcqh-McHcsg-71XHBQCy1jhGl5XFrwmJhEuWHB80y5JEYgZkuYJgiXOsg/s1600/Clipboard01.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 267px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5572498101797225874" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0cdoWTnwtbQxPY54KN3tQnJ0DMaxncvOm0OzHkvIo3QWod6wLFCsaSOtUd6tdugB5AuTzkwg_B7PfRRcqh-McHcsg-71XHBQCy1jhGl5XFrwmJhEuWHB80y5JEYgZkuYJgiXOsg/s320/Clipboard01.jpg" /> <p align="justify"></a><br /><strong>É próprio da condição humana perseguir o universal, mas nem todos o perseguem da mesma maneira. Uns há que seguem o caminho mais óbvio – em nome do universal, negam tudo o que lhes parece circunstanciado, assim renegando o espaço e o tempo, a história, a cultura, os povos, as próprias Pátrias. Outros, ao invés, encontram nestas a via aberta da universalidade.<br /><br />O caminho mais óbvio nem sempre é o mais verdadeiro e, filosoficamente, pode-se até arriscar dizer-se: “Quanto mais óbvio, menos verdadeiro”. Nem sempre é, provavelmente, verdade. Mas é decerto mais verdadeiro do que o princípio oposto, que reduz a verdade ao óbvio. Por isso, arriscamos dizer: errados estão aqueles que, em nome do universal, negam tudo o que lhes parece circunstanciado, assim renegando o espaço e o tempo, a história, a cultura, os povos, as próprias Pátrias. Por isso, dizemos ainda: mais certos estão aqueles que encontram nestas a via aberta da universalidade.<br /><br />(excerto)<br /><br />Para o Rodrigo, no dia do seu aniversário.<br /></strong></p>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-20714478557173562622011-02-09T08:52:00.000-08:002011-02-09T08:53:51.876-08:00<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGQZV2xIWGyG2AzwDWD5Bi3_K_O9ngnvxKbLVaZaPDWj0ZhLtKsRA5EZgb704BSybUHelXYeUBcVJGxBvkjGfPcJaAYjaR8QIQk7v4Dogj4QT7aWv9ObBL63oT57HbLiBvauGXTA/s1600/O-RenascerCantoCoimbra+1.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 268px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5571734029546734946" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGQZV2xIWGyG2AzwDWD5Bi3_K_O9ngnvxKbLVaZaPDWj0ZhLtKsRA5EZgb704BSybUHelXYeUBcVJGxBvkjGfPcJaAYjaR8QIQk7v4Dogj4QT7aWv9ObBL63oT57HbLiBvauGXTA/s320/O-RenascerCantoCoimbra+1.jpg" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis8EK0JtGIITftSbFirx84JhaN39hZGKVgjnSAzRflYiGhZMkPHf5lUxnIq8seyTNz50RYYogMAogqanik3LCS47Siw9kXsFxVsXNvRNYxn2EZjSvEEggrtuN-7TszWNMINEkNJA/s1600/O-RenascerCantoCoimbra-2.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 269px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5571733985277712274" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis8EK0JtGIITftSbFirx84JhaN39hZGKVgjnSAzRflYiGhZMkPHf5lUxnIq8seyTNz50RYYogMAogqanik3LCS47Siw9kXsFxVsXNvRNYxn2EZjSvEEggrtuN-7TszWNMINEkNJA/s320/O-RenascerCantoCoimbra-2.jpg" /></a><br /><strong>"O Renascer do Canto de Coimbra". Artigo do Diário Popular de 12 de abril de 1985, a propósito do espectáculo na Aula Magna, em Lisboa. Texto de Orlando Raimundo e fotos de Vitor Ferreira. Espólio de José Mesquita. </strong></div>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-2417455244678109662011-02-08T13:06:00.000-08:002011-02-08T13:07:31.927-08:00<div align="justify"><strong>Henrique Neto. "Seguro deve avançar contra Sócrates"</strong><br /><br />por Luís Claro, Publicado em 08 de Fevereiro de 2011 JORNAL i on line<br /><br />O ex-deputado acusa o presidente do partido de censurar os críticos nas reuniões do PS<br /><br /><br />Henrique Neto foi dirigente e deputado do PS nos tempos de António Guterres e é uma das vozes mais críticas, no interior do partido, da governação de José Sócrates e da falta de debate no partido. Em vésperas do congresso dos socialistas, o empresário defende que a única solução para o país passa pelo PS afastar José Sócrates do governo e considera que António José Seguro é a pessoa indicada para o substituir. O ex-deputado diz que se assim não for, o partido vai pagar caro os erros do actual primeiro-ministro e corre o risco de ser empurrado para a oposição durante muitos anos.<br /><br /><br /><br />Tem sido bastante crítico da governação de José Sócrates. Qual é a ligação que tem actualmente ao PS?<br /><br />Sou militante de base e estou atento. Tenho participado numa tendência que existe no PS chamada esquerda socialista. O PS, neste momento, precisa é de gente nova para a mudança.<br /><br />O partido vai ter eleições em Março para a liderança e José Sócrates deverá ser reeleito pela esmagadora maioria dos militantes. Isso traduz o sentimento do PS?<br /><br />A partir de António Guterres começou um processo muito forte de centralização e os grupos que tomam conta do partido são cada vez mais pequenos. É sabido que José Sócrates foi escolhido numa reunião entre oito ou nove pessoas. O Jorge Coelho, o António Costa...<br /><br />Os militantes têm um papel irrelevante na escolha do líder?<br /><br />Exacto. E por isso defendo a necessidade de eleições primárias dentro do PS. Sem isso os que estão no topo escolhem os que estão na base e os que estão na base agradecem ao líder escolhendo-o a ele. E andamos nisto. Isto aplica-se à comissão nacional, à comissão política e é também assim na escolha dos deputados. Depois existe uma massa de militantes que olham para o partido como se fosse um clube de futebol. Independentemente daquilo que o partido faça está bem feito, porque o partido tem de bater o PSD...<br /><br />Nos clubes de futebol, os sócios às vezes conseguem despedir o treinador...<br /><br />É verdade, há mais reacções populares do que nos partidos políticos. A maioria dos militantes, mesmo quando está em desacordo, quando se trata de eleger o líder está sempre a pensar no receio de perder o poder. Eu tenho ouvido alguns militantes dizerem que já não querem José Sócrates, mas acham que se votarem contra ele estão a contribuir para retirar o partido do poder. Não lhes ocorre que essa pode ser a única maneira de evitar que o PSD chegue ao poder, porque, nas actuais circunstâncias, a única alternativa do PS era ganhar consciência dos erros que cometeu e tentar convencer os portugueses de que tem capacidade para os corrigir.<br /><br />E isso passaria pela saída de José Sócrates da liderança e do governo?<br /><br />Claro. Era a única maneira de o PS não ficar durante muitos anos conotado com os erros que cometeu nos últimos tempos. Não tenhamos ilusões: a partir do momento em que o PSD tiver acesso ao poder, o PS vai ser martirizado pelos erros cometidos e os portugueses vão ter uma consciência maior disso. O partido vai pagar duramente estes anos de José Sócrates. Os erros são tantos, e de tal maneira graves, que põem em causa a independência nacional. Estamos cada vez mais dependentes do exterior e o PS vai ser penalizado por ter feito muitas asneiras, mas também por não ter feito nada, até à última hora, para as corrigir.<br /><br />Quem poderia substituir José Sócrates?<br /><br />Há alguns que são conhecidos. O António Costa, que já disse que não queria por razões tácticas, o líder da bancada, Francisco Assis, que disfarça mal que tem esse objectivo, e o António José Seguro. São os três mais conhecidos. Se eu pudesse escolheria o António José Seguro sem nenhuma hesitação, porque o partido precisa de alguém que não seja um seguidor cego e que, como ele, tenha um pensamento próprio e mais estruturado. Ele também pode cometer o erro de estar sempre a adiar e os socialistas acharem que é táctica a mais.<br /><br />Devia candidatar-se nas próximas eleições internas?<br /><br />Acho que sim. Mesmo que não fosse para ganhar seria útil para marcar o terreno e para que os portugueses o conheçam melhor e conheçam melhor as ideias que ele tem. Não é um drama as pessoas candidatarem-se contra o líder.<br /><br />Pode pecar por alguma hesitação?<br /><br />Penso que sim. Ele não é uma pessoa hesitante, mas a maioria das pessoas pode ficar com essa ideia. O que seria uma falsa visão.<br /><br />Independentemente de Sócrates vir a ter adversários, a verdade é que essa visão crítica da governação e do PS não é partilhada pela esmagadora maioria dos dirigentes do partido.<br /><br />É verdade, mas também é verdade que nas reuniões da comissão nacional, por exemplo, o presidente do partido, Almeida Santos, controla tudo. Só dá a palavra verdadeiramente a quem quer, corta a palavra, diz que não há tempo....<br /><br />Só fala quem o presidente do PS quer?<br /><br />Só. As actas ou não são feitas ou não são votadas. E não são votadas, porque as actas não correspondem minimamente àquilo que lá se passou. Na última reunião houve um dirigente que escreveu uma carta ao Almeida Santos a dizer que as actas estavam erradas e que queria discutir isso. O presidente do partido, nesta última reunião, no domingo, como viu que este dirigente ia falar disse-lhe que depois falaria com ele no final da reunião para que não se desse ali um incidente interno.<br /><br />Na última reunião da comissão nacional?<br /><br />Sim, o Almeida Santos tem culpas enormes na falta de democraticidade interna do partido.<br /><br />O que está a dizer é que há censura nas reuniões da comissão nacional?<br /><br />Sim, há censura. O presidente do PS, com o estatuto que tem, inibe as pessoas de dizerem aquilo que pensam e mesmo quando dizem há uma censura imediata. Há um clima de pressão, mesmo não sendo preciso, porque seriam críticas isoladas. Tem sido um processo contínuo de limitação da liberdade interna.<br /><br />Quando se discutiu o Orçamento do Estado para este ano houve um debate sobre onde o governo deveria cortar, com o PSD a pedir mais cortes no aparelho de Estado. Há margem para cortar na máquina do Estado?<br /><br />Enorme. Não apenas para poupar, mas para delinear políticas que não sejam dependentes do Estado.<br /><br />O PS tem algumas resistências?<br /><br />Claro que tem. O próprio primeiro-ministro disse, numa reunião interna do partido, que se o partido for mexer muito no Estado está a mexer na base de apoio do PS. Honra lhe seja feita, foi muito claro. E aí o Passos Coelho tem razão. Há que dar uma volta ao Estado, porque isto é insustentável. Era preferível fazer uma reforma destas a reduzir os salários ou o subsídio dos desempregados. Eu, nas moções que fiz há cerca de dez anos, digo que é urgente acabar com os serviços paralelos ao Estado e que é urgente profissionalizar os dirigentes de topo do Estado. Isso é essencial, porque permite garantir a continuidade das políticas. Há reformas, mas não se destrói tudo o que foi feito, como tem acontecido. Isso só é possível com profissionais. Não é isso que acontece, porque foram os chefes políticos ou os amigos políticos que foram colocados em toda a administração pública. Os relatórios do Tribunal de Contas, por exemplo, são um mergulho na realidade. Qualquer pessoa percebe que estamos a caminhar para o desastre.<br /><br />É possível fazer essas reformas sem despedir funcionários públicos?<br /><br />Chegados aqui, e não tínhamos necessidade de ter chegado a esta desgraça, o sacrifício devia ser para todos e devíamos resolver o problema o mais depressa possível, provavelmente com o FMI, com a União Europeia, com todos. Se não o fizermos, em vez de termos dois ou três anos de sacrifícios vamos ter dez ou 15. O que é triste é que as classes mais desfavorecidas estão sozinhas a pagar a crise. Há uma frase que detesto, que é dizerem que temos vivido acima das nossas possibilidades. É verdade, mas as pessoas que ganham 400 euros por mês têm vivido acima das possibilidades? Uma família que ganhe mil euros consegue viver acima das possibilidades? Têm de me explicar como é que isso se faz.<br /><br />A classe média vai começar a ser atingida por algumas medidas do Orçamento do Estado deste ano.<br /><br />É verdade, e vai começar a mexer-se<br /><br />E vai ser preciso o apoio do FMI?<br /><br />O governo transformou esse problema, que devia de ser de racionalidade, num problema de patriotismo. Quem quer o FMI é antipatriota. Eu acho que é um problema de racionalidade, mas não tenho todos os elementos. O que eu penso é que é preciso fazer alguma coisa e o meu receio é que, em vez de irmos mais cedo pedir ajuda, pelo nosso próprio pé, com propostas nossas e negociando ou não e aceitando aquilo que nos querem impor, cheguemos lá fragilizados, e nessa altura temos de aceitar tudo.<br /><br />Já estamos a ser ajudados.<br /><br />É verdade, e o governo não tem crédito internacional. O primeiro-ministro é acusado de ser mentiroso nos jornais. Isto não é normal e tem efeitos internacionais. O futuro do país está dependente do cumprimento do Orçamento, porque ninguém acredita que ele o vá cumprir. O natural seria acreditar que o governo o vai cumprir e a questão da credibilidade é determinante neste momento. Eu acho até que há mais desconfiança externa que interna.<br /><br />Deu apoio a Manuel Alegre nas presidenciais. Estava à espera de uma derrota tão pesada?<br /><br />Era previsível, porque os portugueses estão a afastar-se da política. As pessoas também votaram contra os políticos. O resultado do José Manuel Coelho devia ser estudado. Os portugueses vão pela via da desilusão. Há uma desilusão grande e isto é perigoso. O que nos vale é estarmos na União Europeia. Quando oiço algumas pessoas, por exemplo, a dizerem que podemos sair do euro, penso logo que estão a abrir o caminho para um aventureiro qualquer.<br /><br />É impensável para países como Portugal sair do euro?<br /><br />No outro dia não tínhamos o que comer. Criámos uma dependência alimentar, a partir do professor Cavaco Silva, de tal ordem que a gente compra uma boa parte daquilo de que precisa lá fora. Se sairmos do euro, não temos dinheiro para pagar.<br /><br />O que espera de Cavaco Silva neste segundo mandato?<br /><br />Não espero nada. Pelas características pessoais e por conveniência política. Não vai fazer o que fez o Jorge Sampaio, que dissolveu o Parlamento e afastou o governo. O problema vai pôr-se na Assembleia da República. É imprevisível, mas se calhar vamos viver numa paz podre.<br /><br />As eleições antecipadas poderiam ser uma solução?<br /><br />Acho que é impossível resolver qualquer problema com o José Sócrates à frente do poder. Nestas condições qualquer solução é melhor que a actual. Um governo PS sem José Sócrates, um governo de coligação, um governo do PSD. Ele hoje é o poder, os ministros não contam para nada. O partido não conta para nada. O que ele quer é o que se faz e o que ele quer infelizmente é quase sempre errado.<br /><br />Falou alguma vez com José Sócrates acerca da opinião que tem sobre a governação?<br /><br />Não. Eu conheço-o há alguns anos e sempre fui contra ele ser secretário- -geral. Quando ele assumiu o cargo de primeiro-ministro mandei-lhe uma carta com vários documentos que vinham do tempo do Guterres e de coisas que eu achava que deviam ser implementadas. E ele, ao contrário do Guterres, que agradecia sempre estas coisas, nunca reagiu. Ele não gosta de mim, eu também não gosto dele, mas não é nada de pessoal. Costumo dizer que só tenho um país e detesto as pessoas que dão cabo dele.<br /><br />Qual é a sua avaliação deste governo no seu conjunto?<br /><br />Com excepção do dia-a-dia nas Finanças, o governo não existe. É interessante que o primeiro-ministro tenha tanta fama de ser determinado e duro e depois o governo seja a bandalheira que é. Quando sai nos jornais que uma empresa ou instituto não está a cumprir as regras, o governo vai a correr tentar resolver o problema. Parece que há uma lei para isso. Ou seja, é um governo que anda a correr atrás dos problemas. Isto é o pior que se pode fazer. O governo eficaz é aquele que consegue prever. E, portanto, este governo é pior que os outros porque é mais improvisador e tem mais competência a improvisar, porque o José Sócrates tem competência a vender ideias que de repente lhe surgiram como se fossem a solução. E o partido vai atrás daquilo convencido de que ele tem mesmo a solução. Mas ao fim de algum tempo esquece essa ideia e parte para outra.<br /><br />Mas também houve boas decisões, ou não?<br /><br />Se eu tivesse de escolher aquilo que foi mais bem feito no governo, escolheria a Educação no início do primeiro governo do PS, mas depois veio uma segunda fase que mostrou que se tratava de um impulso e não de uma estratégia ou de uma filosofia para o sector. Por último começou a fazer asneiras, que contrariaram tudo o que de bom tinha sido feito. Por exemplo, na avaliação dos professores aquela proposta só seria apresentada por uma pessoa que quisesse acabar com a avaliação. Não há uma ideia consistente. Talvez a única ideia consistente fosse na área da Saúde com o Correia de Campos, mas ele não soube vender aquilo.<br /><br />Se calhar era difícil...<br /><br />Não. O Sócrates chegou ao poder com a convicção de que os portugueses gostam de coisas afirmativas. E tinha alguma razão, porque não se pode ser tão indeciso como o Guterres, mas também não se pode pensar que se sabe tudo, como este governo. E ele criou uma cultura de ausência de crítica, quer no país quer no partido. Quando ele desafia o Carrilho e aqueles que têm criticado o governo a assumirem-se como candidatos à liderança do PS mostra que tem uma visão totalitária, porque a crítica é útil independentemente de se querer ou não ser primeiro-ministro. Ter pessoas à nossa volta que nos alertam para os problemas é essencial. E esta visão totalitária do poder marginaliza todo o pensamento criativo, porque as pessoas querem manter o lugar, querem por exemplo ser deputados na próxima legislatura, e preferem não criticar. Os melhores pensadores portugueses valorizam o pensamento crítico.<br /><br />Foi deputado, durante quatro anos, no tempo em que António Guterres era primeiro-ministro. Como foi essa experiência?<br /><br />Pensei que podia ser útil, mas não. Apresentei várias ideias para a economia, mas os líderes parlamentares estavam mais preocupados com a luta do dia-a-dia. Se olhar para a bancada do PS neste momento, não há lá ninguém que tenha a mínima ideia sobre o que é a economia. Um dos poucos deputados que tinham alguma perspectiva disso - o Afonso Candal - acabou por sair. Os deputados não têm experiência de vida.<br /><br />Nesse sentido concordaria com a diminuição de deputados, tal como defendeu o ministro dos Assuntos Parlamentares?<br /><br />Um dos problemas que corroem a vida política é confundir o essencial com o acessório. Esse é um dos problemas graves. O país para mudar do ponto de vista económico precisa que sejam definidas quatro ou cinco prioridades, mas se estivermos a discutir 300 temas ao mesmo tempo cada um fala para seu lado e daí não resulta nada. E isso resulta da falta de experiência, nomeadamente internacional, dos políticos portugueses. Falamos da globalização, mas não sabemos o que os outros países estão a fazer. O que estão a fazer as empresas dos outros países. E desconhecendo tudo isto é difícil saber quais devem ser as prioridades. Discutir, por exemplo, o número de deputados como um grande objectivo é ridículo. Do ponto de vista do custo é ridículo e o problema não é haver 230 deputados ou 180 deputados. O problema é os deputados estarem lá e não fazerem nenhum. Não terem ideias, não terem propostas nem capacidade crítica. O problema é serem escolhidos pelas direcções partidárias em vez de serem escolhidos pelos eleitores, ou pelo menos pelos militantes dos partidos. </div>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-43064284625443883192011-02-08T13:05:00.001-08:002011-02-08T13:05:58.070-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCR7IQKe0p359q5YrKcAuWeAxE40zd7CQHhgh4m30jrG1AhT0BtEGeJtWZYCTxynHIx6b-wMcL846NS2CTNd3CI0xqlXWlOwpUhXTQRL8cE1liWVvIDecS4yFOowBmx5ZnpOGjEw/s1600/Cartaz+Torneio+Licor+Beir%25C3%25A3o.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 183px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5571427888075447010" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCR7IQKe0p359q5YrKcAuWeAxE40zd7CQHhgh4m30jrG1AhT0BtEGeJtWZYCTxynHIx6b-wMcL846NS2CTNd3CI0xqlXWlOwpUhXTQRL8cE1liWVvIDecS4yFOowBmx5ZnpOGjEw/s320/Cartaz+Torneio+Licor+Beir%25C3%25A3o.jpg" /></a><br /><div></div>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-91978465672707992842011-02-06T05:26:00.000-08:002011-02-06T05:30:19.817-08:00<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9B5laIfNibxPBYI4514v3q3tFI52vAO0pOsFA1k-q202q68HCYtdLkWoD7TRtS0wdgln1QU9RvPHRY1pfg8WSLz4gwDuDFQzGquLx6Qe_yhlkYJHD4JlEE8tT4Xifi-KLJmZTvA/s1600/CARTAZ_LISISTRATA.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 235px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5570567509775841570" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9B5laIfNibxPBYI4514v3q3tFI52vAO0pOsFA1k-q202q68HCYtdLkWoD7TRtS0wdgln1QU9RvPHRY1pfg8WSLz4gwDuDFQzGquLx6Qe_yhlkYJHD4JlEE8tT4Xifi-KLJmZTvA/s320/CARTAZ_LISISTRATA.jpg" /></a><strong> clicar na imagem para aumentar </strong></div>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-21070751663334752962011-02-04T06:04:00.000-08:002011-02-04T06:08:32.223-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj5ah8nHpajI9T2TQClfNM8vtBSOU57QhWrex_rEPjLld6bFynrzqZQ03G6bUlK7Z9iK1qtL1jaRuHN7Y9KiilIeF_dAc2P0gAAX26Jr5coUNM_431QEoBoWXOqcXHZZ7HQdm7Rw/s1600/IMG_2453.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 214px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5569835727300758754" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj5ah8nHpajI9T2TQClfNM8vtBSOU57QhWrex_rEPjLld6bFynrzqZQ03G6bUlK7Z9iK1qtL1jaRuHN7Y9KiilIeF_dAc2P0gAAX26Jr5coUNM_431QEoBoWXOqcXHZZ7HQdm7Rw/s320/IMG_2453.JPG" /></a> Neson da Democrática, João Botelho, Fernando Nobre , C Carranca e Manuel Cruz<br /><br /><br /><div align="justify"><strong>A segunda volta de 2016<br />Nas próximas presidenciais é muito provável que exista uma segunda volta. Basta que algum candidato independente continue a trilhar o caminho de Nobre em 2011 ou Alegre em 2006. O espaço existe e tem tudo para ser ocupado.<br /><br /></strong></div>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-61856228989255055002011-01-31T01:57:00.000-08:002011-01-31T02:00:37.826-08:00CQC 2008 Portugal - Cavaco Silva e as Bibliotecas - Miguel Rocha<br /><br /><iframe title="YouTube video player" class="youtube-player" type="text/html" width="420" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/tF0E6JLSAcE" frameborder="0" allowFullScreen></iframe>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-33846623.post-28913429258618119462011-01-28T08:22:00.000-08:002011-01-28T08:28:22.183-08:00<div align="center"><strong><span style="font-size:130%;">Ao ponto que chegaram os "responsáveis" pela nossa cultura!<br /><br /></span></strong><br /></div><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdUzi4Spv4SfNv_z30a50g1G0d0wtY_OZnkHrpA9g4xN8xUJA1N_OeUbic336yREi69_9Uucb-t_l0etQRh7AhZU-IXW9xNf8Nzal4xvcVEkiXxGn3rwmOw8vL-1-6QUDg5SNyGg/s1600/BRINCADEIRA+DE+MAU+GOSTO+1.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 78px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5567273107276805218" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdUzi4Spv4SfNv_z30a50g1G0d0wtY_OZnkHrpA9g4xN8xUJA1N_OeUbic336yREi69_9Uucb-t_l0etQRh7AhZU-IXW9xNf8Nzal4xvcVEkiXxGn3rwmOw8vL-1-6QUDg5SNyGg/s320/BRINCADEIRA+DE+MAU+GOSTO+1.jpg" /></a><strong> clicar na imagem para ampliar</strong></div>Carlos Carrancahttp://www.blogger.com/profile/14749019284462740922noreply@blogger.com0